TY - JOUR
T1 - Usos epistémicos de 'haver' e 'ter' em português antigo
AU - Brocardo, M. Teresa
N1 - info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/147316/PT#
UID/LIN/03213/2013
PY - 2018
Y1 - 2018
N2 - O presente trabalho tem como objetivo geral contribuir para um conhecimento mais alargado e aprofundado da diacronia de haver e ter em português. Os dados estudados – recolhidos em testemunhos datados ou datáveis dos séculos XIII e XIV, relativos a fontes textuais de diferentes géneros – sugerem que, tal como acontece com outros funcionamentos de haver e ter na história do português, a competição entre os dois verbos é precoce quando os mesmos ocorrem em diferentes construções em que se geram valores caraterizáveis como epistémicos. No entanto, ao contrário do que acontece mais geralmente em português antigo com outros usos destes verbos, os dados parecem apontar para uma relativa predominância de ter sobre haver, sobretudo no que respeita à maior diversidade de estruturas em que ocorre e na aparentemente menor dependência contextual para gerar valores epistémicos. Dada a diversidade de funcionamento destes verbos em diacronia, conclui-se com uma discussão sobre a possibilidade de identificar a ligação entre o seu funcionamento como epistémicos e outros funcionamentos, mais ‘lexicais’ (transitivos de ‘posse’) ou mais ‘gramaticais’ (auxiliares de tempo composto).
AB - O presente trabalho tem como objetivo geral contribuir para um conhecimento mais alargado e aprofundado da diacronia de haver e ter em português. Os dados estudados – recolhidos em testemunhos datados ou datáveis dos séculos XIII e XIV, relativos a fontes textuais de diferentes géneros – sugerem que, tal como acontece com outros funcionamentos de haver e ter na história do português, a competição entre os dois verbos é precoce quando os mesmos ocorrem em diferentes construções em que se geram valores caraterizáveis como epistémicos. No entanto, ao contrário do que acontece mais geralmente em português antigo com outros usos destes verbos, os dados parecem apontar para uma relativa predominância de ter sobre haver, sobretudo no que respeita à maior diversidade de estruturas em que ocorre e na aparentemente menor dependência contextual para gerar valores epistémicos. Dada a diversidade de funcionamento destes verbos em diacronia, conclui-se com uma discussão sobre a possibilidade de identificar a ligação entre o seu funcionamento como epistémicos e outros funcionamentos, mais ‘lexicais’ (transitivos de ‘posse’) ou mais ‘gramaticais’ (auxiliares de tempo composto).
UR - https://apps.webofknowledge.com/InboundService.do?product=WOS&Func=Frame&DestFail=https%3A%2F%2Fwww.webofknowledge.com&SrcApp=RRC&locale=pt_BR&SrcAuth=RRC&SID=E1zeERtR6aPGZZHejpk&customersID=RRC&mode=FullRecord&IsProductCode=Yes&Init=Yes&action=retrieve&UT=WOS%3A000459359600003
M3 - Article
SN - 0035-1458
VL - 82
SP - 353
EP - 376
JO - Revue De Linguistique Romane
JF - Revue De Linguistique Romane
ER -