Abstract
Em 2012, Joana Barra Vaz realizou Meu Caro Amigo Chico, um documentário musical estruturado como resposta a Tanto Mar (1975, 1978) de Chico Buarque. Com a participação de vários músicos portugueses que cresceram a partir da década de 70, Meu Caro Amigo Chico é um filme que pensa Portugal, o país construído após a Revolução dos Cravos e imerso numa crise socioeconómica no fim da primeira década do Século XXI. O presente artigo defende que, neste filme e num contexto de pós-memória, o 25 de Abril, que despoletou uma onda de esperança a partir de 1974, representa a utopia partilhada em língua portuguesa em 2012, opondo-se a uma memória essencialmente despolitizada, incentivada pelo Neoliberalismo vigente e resultante de uma diagnose coletiva (Gil, 2004). Esta utopia não deixa de refletir a existência de um espaço atlântico que persiste latente no imaginário luso (Lourenço 2015), e que emerge como forma de ultrapassar a condição semiperiférica portuguesa (Santos, 2011).
Translated title of the contribution | Reading “Tanto Mar” (1975, 1978) and Meu Caro Amigo Chico (2012): Utopia in a dialogue about the revolution between friends |
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Original language | Portuguese |
Publication status | Published - 2018 |
Event | Congresso «A volta ao mundo em 40 anos» Encontros e reencontros em língua portuguesa - Varsóvia, Poland Duration: 12 Apr 2018 → 13 Apr 2018 |
Conference
Conference | Congresso «A volta ao mundo em 40 anos» Encontros e reencontros em língua portuguesa |
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Country/Territory | Poland |
City | Varsóvia |
Period | 12/04/18 → 13/04/18 |
Keywords
- Memória
- Utopia
- Revolução dos Cravos
- Cinema
- Lusofonia