Uma cidade cercada: Malaca durante a União Ibérica (1580-1640)

Research output: Contribution to journalArticlepeer-review

Abstract

Malaca, uma das mais valiosas possessões orientais da Coroa portuguesa, ocupava uma posição singular na costa ocidental da Península Malaia, num ponto de cruzamento de rotas, culturas, interesses e esferas de influência. Peça essencial na orgânica do Estado da Índia, Malaca, por razões geográficas, ecológicas e estratégicas viveu quase sempre num ambiente de cerco, rodeada por potentados asiáticos hostis, que periodicamente tentavam desalojar os portugueses. A União Ibérica, se num primeiro momento veio contribuir para o crescimento e a prosperidade desta cidade portuária, teve a prazo consequências desastrosas, por força da chegada ao mundo oriental de outras potências europeias, e nomeadamente dos holandeses. Estabelecidos na vizinha ilha de Java, os holandeses fizeram de Malaca um alvo prioritário dos seus ataques, ao mesmo tempo que assediavam a navegação lusitana que cruzava os Estreitos de Malaca e de Singapura. As relações entre Malaca e Manila, mesmo durante a União Ibérica, nunca permitiram a organização de uma frente comum contra os holandeses, que acabariam por conquistar a praça luso-malaia em 1641.
Original languagePortuguese
Pages (from-to)1-14
Number of pages13
Journale-Spania: Revue interdisciplinaire d’études hispaniques médiévales et modernes
Volume25
Publication statusPublished - 2016

Keywords

  • Estado da Índia
  • Países Baixos
  • Fortalezas
  • Cidades portuárias
  • Cidades ibéricas
  • Século XVI
  • Século XVII
  • Manila
  • União Ibérica
  • Malaca

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