Abstract
This paper argues that the various approaches within philosophy for children should purposefully integrate the exploration of questioning by children, instead of only presenting children with prepared questions as starting points for an inquiry session. This is particularly relevant since philosophy for children is one of the few educational settings that offer a space for children to question, as well as to explore the variation of their questions and the impact their questions have in their lives. We state that this purposeful integration of questions made by the children does justice to the inheritance of different philosophical traditions. It also reinforces questions as a privileged way for human beings to relate to the world. Thus, more than simply a methodological step in the design of a community of inquiry session, we claim that questions are a fundamental educational resource. Questions are also a central part of thinking and inquiry in a philosophical session with children. Therefore, the paper proposes a new way to leverage these tools, arguing that defining philosophy as an obsession to overcome opacity and aim for transparency (Caeiro, 2015) can help participants of the community of inquiry to identify questions that may empower dialogue in a philosophical way.
Este artigo defende que as variadas abordagens dentro da filosofia para crianças ganhariam em integrar, de forma intencional, a exploração do questionamento, em vez de apenas apresentar às crianças perguntas já preparadas como pontos departida da investigação. Esta ideia torna-se particularmente relevante uma vez que a filosofia para crianças é um dos poucos ambientes educativos que oferecem às crianças um espaço para que elas possam questionar e explorar as variações das suas perguntas, assim como o impacto que essas perguntas podem ter nas suas vidas. Desta forma, defendemos que a integração intencional, numa sessão de filosofia para crianças, de perguntas feitas pelas próprias crianças faz justiça à herança das diferentes tradições filosóficas e reforça que as perguntas são formas privilegiadas de os seres humanos se relacionarem com o mundo.
Mais do que um simples passo metodológico no encadeamento de uma sessão de filosofia para crianças, as perguntas representam um recurso educativo fundamental. As perguntas são também uma parte central do pensamento e da investigação que se produzem numa sessão de filosofia com crianças. O artigo propõe, então, uma forma inovadora de lidar com esta ferramenta que são as perguntas, defendendo que a definição da filosofia como uma obsessão para ultrapassar a opacidade e uma obsessão pela transparência (Caeiro, 2015) pode ajudar os participantes numa comunidade de investigação a identificarem perguntas que poderão potenciar o diálogo de uma forma filosófica.
Este artigo defende que as variadas abordagens dentro da filosofia para crianças ganhariam em integrar, de forma intencional, a exploração do questionamento, em vez de apenas apresentar às crianças perguntas já preparadas como pontos departida da investigação. Esta ideia torna-se particularmente relevante uma vez que a filosofia para crianças é um dos poucos ambientes educativos que oferecem às crianças um espaço para que elas possam questionar e explorar as variações das suas perguntas, assim como o impacto que essas perguntas podem ter nas suas vidas. Desta forma, defendemos que a integração intencional, numa sessão de filosofia para crianças, de perguntas feitas pelas próprias crianças faz justiça à herança das diferentes tradições filosóficas e reforça que as perguntas são formas privilegiadas de os seres humanos se relacionarem com o mundo.
Mais do que um simples passo metodológico no encadeamento de uma sessão de filosofia para crianças, as perguntas representam um recurso educativo fundamental. As perguntas são também uma parte central do pensamento e da investigação que se produzem numa sessão de filosofia com crianças. O artigo propõe, então, uma forma inovadora de lidar com esta ferramenta que são as perguntas, defendendo que a definição da filosofia como uma obsessão para ultrapassar a opacidade e uma obsessão pela transparência (Caeiro, 2015) pode ajudar os participantes numa comunidade de investigação a identificarem perguntas que poderão potenciar o diálogo de uma forma filosófica.
Original language | English |
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Pages (from-to) | 1-21 |
Number of pages | 21 |
Journal | CHILDHOOD AND PHILOSOPHY |
Volume | 15 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2019 |
Keywords
- community of inquiry
- questions
- opacity
- transparency