Abstract
O Cancioneiro de Paris (manuscrito F-Peb Masson 56) é a colecção portuguesa de música profana mais extensa que se conhece; como tal, constitui uma fonte de grande importância na história da música em Portugal. Contudo, o problema da datação tem sido bastante descurado, com excepção das breves contribuições de Eugenio Asensio (1989) e Manuel Pedro Ferreira (2008).
Na minha tese de mestrado (2017) apresentei uma primeira proposta para a datação do cancioneiro fundamentada através de um estudo aprofundado dos aspectos físicos do manuscrito e do repertório. Neste artigo pretendo retomar alguns desses aspectos, no sentido de apresentar uma revisão.
Inicialmente, analiso as características codicológicas e paleográficas do cancioneiro através do estudo das marcas de água e das caligrafias, o que permitirá compreender as camadas sucessivas de compilação e as intervenções das diversas mãos. De seguida, abordo o problema da datação do repertório – sobretudo a partir dos dados biográficos dos poucos autores identificados no cancioneiro, mas também a partir do contexto histórico dos géneros e formas musicais – que permitirá definir o terminus a quo aproximado para cada camada do manuscrito. Finalmente, com base nesta análise, proponho uma cronologia para a compilação do cancioneiro, resumindo, para cada uma das suas etapas, as intervenções dos respectivos copistas e o período aproximado em que terão ocorrido.
Na minha tese de mestrado (2017) apresentei uma primeira proposta para a datação do cancioneiro fundamentada através de um estudo aprofundado dos aspectos físicos do manuscrito e do repertório. Neste artigo pretendo retomar alguns desses aspectos, no sentido de apresentar uma revisão.
Inicialmente, analiso as características codicológicas e paleográficas do cancioneiro através do estudo das marcas de água e das caligrafias, o que permitirá compreender as camadas sucessivas de compilação e as intervenções das diversas mãos. De seguida, abordo o problema da datação do repertório – sobretudo a partir dos dados biográficos dos poucos autores identificados no cancioneiro, mas também a partir do contexto histórico dos géneros e formas musicais – que permitirá definir o terminus a quo aproximado para cada camada do manuscrito. Finalmente, com base nesta análise, proponho uma cronologia para a compilação do cancioneiro, resumindo, para cada uma das suas etapas, as intervenções dos respectivos copistas e o período aproximado em que terão ocorrido.
Original language | English |
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Pages (from-to) | 211-232 |
Number of pages | 22 |
Journal | Revista Portuguesa de Musicologia / Portuguese Journal of Musicology |
Volume | 6 |
Issue number | 1 |
Publication status | Published - 2019 |
Keywords
- Cancioneiro de Paris
- Chansionnier Masson
- música profana ibérica
- Século XVI
- datação de manuscritos
- datação de repertório