Terra rossa e outros solos residuais vermelhos em Portugal

Os solos residuais são solos de alteração in situ que se encontram em diversos pontos do país e são muito frequentes em toda a região mediterrânea.
O contacto irregular entre o solo residual e a rocha-mãe no substrato dificulta a definição da geometria destes solos, bem como a presença de blocos embutidos, alterações bruscas devido à presença de falhas tectónicas, que levam à mudança brusca das espessuras de solos de ambos os lados dessas superfícies
de rotura. A presença destes solos no enchimento de descontinuidades na própria rocha-mãe é outra razão que pode dificultar o seu estudo. É frequente a ocorrência destes solos em intervenções de engenharia, o que, face às suas caraterísticas, exige a definição do seu perfil de alteração (também designado
de meteorização ou de intemperismo).
A avaliação das propriedades para fins de engenharia dos solos residuais é um assunto complexo, dado que são produtos de processos mistos de meteorização física, química e/ou biológica, da qual resultam solos heterogéneos com diferentes características de comportamento. Aborda-se aqui brevemente
a definição e caracterização dos solos vermelhos e a sua origem.