Abstract
As concepções pós-modernistas da teoria do planeamento territorial consubstanciam, de uma forma geral, perspectivas de colaboração e participação entre os diversos actores envolvidos, como contraponto a um planeamento
centralizado, regulador e normativo dominado pelo Estado. O interesse público passa a ser objecto de negociação e da construção de consensos e a natureza do plano assume um carácter estratégico e potencialmente mais resiliente a
contextos de incerteza. Contudo, a integração de um número crescente de actores amplia a multiplicidade de interesses e posições nem sempre convergentes e até conflituantes. Paralelamente, as transformações rápidas, e por vezes imprevisíveis, ao nível tecnológico, financeiro e político reforçam a complexidade inerente às dinâmicas territoriais e para as quais o ordenamento do território carece de resposta(s) em tempo útil. Nestes contextos instáveis, a tomada de decisão é confrontada com uma pluralidade de perspectivas e tendências de desenvolvimento não lineares que envolvem uma tensão permanente entre cooperação e competição – muitas vezes dificultado quando as soluções envolvem alterações ao status quo ou a padrões de comportamento estabelecidos na sociedade colocando em confronto o interesse colectivo ou de bem comum com os interesses individuais ou corporativos. No contexto desta problemática é notória a necessidade de desenvolvimento de processos e abordagens analíticas de suporte à teoria e prática de planeamento. A
Teoria de Jogos Evolutiva permite a análise de transformações socio-territoriais onde os vários agentes interagem e adotam diferentes estratégias ao longo do tempo. Este processo dinâmico depende do sucesso percebido de cada
estratégia, e também das estratégias adotadas por outros. Neste sentido, é possível analisar a evolução da adopção de estratégias ao longo do tempo procurando antecipar o (in)sucesso das soluções desenhadas. Na comunicação são apresentados modelos teóricos de aplicação de teoria de jogos evolutiva em problemas que envolvem agentes de diferentes sectores da sociedade e onde se procura perceber de que forma a cooperação pode emergir e persistir ao longo
do tempo, em função do grau e tipo de interacção entre as várias partes envolvidas. A reflexão crítica sobre os resultados encontrados permitirá identificar potencialidades de aplicação no âmbito do planeamento e ordenamento do território, quer ao nível teórico, quer ao nível operativo.
centralizado, regulador e normativo dominado pelo Estado. O interesse público passa a ser objecto de negociação e da construção de consensos e a natureza do plano assume um carácter estratégico e potencialmente mais resiliente a
contextos de incerteza. Contudo, a integração de um número crescente de actores amplia a multiplicidade de interesses e posições nem sempre convergentes e até conflituantes. Paralelamente, as transformações rápidas, e por vezes imprevisíveis, ao nível tecnológico, financeiro e político reforçam a complexidade inerente às dinâmicas territoriais e para as quais o ordenamento do território carece de resposta(s) em tempo útil. Nestes contextos instáveis, a tomada de decisão é confrontada com uma pluralidade de perspectivas e tendências de desenvolvimento não lineares que envolvem uma tensão permanente entre cooperação e competição – muitas vezes dificultado quando as soluções envolvem alterações ao status quo ou a padrões de comportamento estabelecidos na sociedade colocando em confronto o interesse colectivo ou de bem comum com os interesses individuais ou corporativos. No contexto desta problemática é notória a necessidade de desenvolvimento de processos e abordagens analíticas de suporte à teoria e prática de planeamento. A
Teoria de Jogos Evolutiva permite a análise de transformações socio-territoriais onde os vários agentes interagem e adotam diferentes estratégias ao longo do tempo. Este processo dinâmico depende do sucesso percebido de cada
estratégia, e também das estratégias adotadas por outros. Neste sentido, é possível analisar a evolução da adopção de estratégias ao longo do tempo procurando antecipar o (in)sucesso das soluções desenhadas. Na comunicação são apresentados modelos teóricos de aplicação de teoria de jogos evolutiva em problemas que envolvem agentes de diferentes sectores da sociedade e onde se procura perceber de que forma a cooperação pode emergir e persistir ao longo
do tempo, em função do grau e tipo de interacção entre as várias partes envolvidas. A reflexão crítica sobre os resultados encontrados permitirá identificar potencialidades de aplicação no âmbito do planeamento e ordenamento do território, quer ao nível teórico, quer ao nível operativo.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | 26th APDR Congress. Evidence-based territorial policymaking: Formulation, implementation and evaluation of policy |
Subtitle of host publication | Proceedings |
Publisher | APDR - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional |
Pages | 31-34 |
Number of pages | 3 |
ISBN (Print) | 978-989-8780-07-2 |
Publication status | Published - 2019 |
Event | 26th APDR Congress: Evidence-based territorial policymaking - Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal Duration: 4 Jul 2019 → 5 Jul 2019 Conference number: 26 http://www.apdr.pt/congresso/2019/ |
Conference
Conference | 26th APDR Congress |
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Abbreviated title | APDR |
Country/Territory | Portugal |
City | Aveiro |
Period | 4/07/19 → 5/07/19 |
Internet address |
Keywords
- Teoria de Jogos Evolutiva
- Ordenamento do Território
- Cooperação
- Política Pública
- Tomada de Decisão