Abstract
Este artículo tiene como objetivo discenir los mecanismos de trasmisión del patrimonio de la aristocracia curial portuguesa al final de la Edad Media, intentando articularlos con la capacidad de reproducción social del grupo. Para ello, se propone el uso de dos categorías distintas. Por un lado, la sucesión, aplicada a un conjunto de bienes indivisibles; por otro lado, la herencia, sobre la cual se imponía un reparto igualitario entre los herederos. Aunque distintas, las categorías son complementarias, y su articulación es esencial para comprender la reprodución social de la aristocracia. La sucesión engloba progresivamente las principales bases señoriales del poder de la aristocracia, mientras que la herencia permite alimentar un conjunto de relaciones determinantes para el grupo, designadamente la “espiritualización” de parte de la fortuna, e la negociación de alianzas matrimoniales a través de la formación de dotes que reiteraban los lazos sociales. Las dos categorias encarnan funciones essenciales para que el grupo construya su cohesión e asegure el mantenimiento de su perfil simultáneamente señorial y curial.
[pt] Este artigo tem como objetivo discernir os mecanismos de transmissão do património da aristocracia curial portuguesa no final da Idade Média, procurando articulá-los com a capacidade de reprodução social do grupo. Para tal, propõe-se a utilização de duas categorias distintas. Por um lado, a sucessão, aplicada ao conjunto de bens indivisíveis; por outro lado, a herança, sobre a qual se impunha uma repartição igualitária entre os herdeiros. Embora distintas, as categorias são complementares, e a sua articulação é essencial para compreender a reprodução social da aristocracia. A sucessão engloba progressivamente as principais bases senhoriais do poder da aristocracia, enquanto a herança permite alimentar um conjunto de relações determinantes para o grupo, designadamente a «espiritualização» de parte da fortuna, e a negociação de alianças matrimoniais através da formação de dotes que reiteravam os laços sociais. Ambas as categorias encarnam funções essenciais para o grupo construir a sua coesão e assegurar a manutenção do seu perfil simultaneamente senhorial e curial.
[pt] Este artigo tem como objetivo discernir os mecanismos de transmissão do património da aristocracia curial portuguesa no final da Idade Média, procurando articulá-los com a capacidade de reprodução social do grupo. Para tal, propõe-se a utilização de duas categorias distintas. Por um lado, a sucessão, aplicada ao conjunto de bens indivisíveis; por outro lado, a herança, sobre a qual se impunha uma repartição igualitária entre os herdeiros. Embora distintas, as categorias são complementares, e a sua articulação é essencial para compreender a reprodução social da aristocracia. A sucessão engloba progressivamente as principais bases senhoriais do poder da aristocracia, enquanto a herança permite alimentar um conjunto de relações determinantes para o grupo, designadamente a «espiritualização» de parte da fortuna, e a negociação de alianças matrimoniais através da formação de dotes que reiteravam os laços sociais. Ambas as categorias encarnam funções essenciais para o grupo construir a sua coesão e assegurar a manutenção do seu perfil simultaneamente senhorial e curial.
Translated title of the contribution | Succession and inheritance: transmission and social reproduction of the portuguese aristocracy at the end of the middle ages |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 211-239 |
Number of pages | 29 |
Journal | Cuadernos De Estudios Gallegos / Instituto Padre Sarmiento De Estudios Gallegos |
Volume | 69 |
Issue number | 135 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2022 |
Keywords
- Aristocracy
- Social reproduction
- Transmission
- Succession
- Inheritance
- Dowry