Abstract
Há um crescente conjunto de dados derivados das ciências naturais que permitem clarificar a base evolutiva da moralidade. Este fenómeno levou à expansão de áreas como a ética evolutiva e a biopolítica, tendo induzido vários filósofos a reivindicar uma naturalização progressiva da ética e da política. Portanto, seguindo o projecto original de Aristóteles, é cada vez mais possível compreender o nosso sentido normativo desenvolvendo uma ciência da ética. Uma tal ciência baseia-se na
filosofia natural e, mais especificamente, no estudo das origens biológicas da moralidade. Consonante com esta perspectiva naturalista, esta apresentação almeja um entendimento do
conceito de soberania de uma perspectiva evolutiva. Em particular, mensura o valor ontológico da soberania por meio de um apuramento da sua função na natureza, quer ao nível individual quanto político. A apresentação problematiza por que razão a soberania é um conceito tão importante no
sistema evolutivo, mormente relacionando a sua manifestação social com a expansão da aptidão (fitness). Por outras palavras, é importante averiguar como a soberania pode ter impacto no
incremento do destino evolutivo de indivíduos e dos grupos, e sobretudo descortinar os seus limites normativos. É possível ser verdadeiramente um soberano? Se sim, como? Ao abordar a
interdependência dos humanos enquanto seres vivos que partilham naturalmente interesses biológicos e culturais, esta apresentação determina os limites das pretensões normativas a favor da soberania enquanto em simultâneo enfatiza a sua adequação contextual. Para atingir este objectivo,
recorre aos mais actualizados modelos de evolução cultural e biológica, tais como a “co-evolução de cultura e genes”, a “selecção de níveis múltiplos”, e a “aptidão inclusiva”.
filosofia natural e, mais especificamente, no estudo das origens biológicas da moralidade. Consonante com esta perspectiva naturalista, esta apresentação almeja um entendimento do
conceito de soberania de uma perspectiva evolutiva. Em particular, mensura o valor ontológico da soberania por meio de um apuramento da sua função na natureza, quer ao nível individual quanto político. A apresentação problematiza por que razão a soberania é um conceito tão importante no
sistema evolutivo, mormente relacionando a sua manifestação social com a expansão da aptidão (fitness). Por outras palavras, é importante averiguar como a soberania pode ter impacto no
incremento do destino evolutivo de indivíduos e dos grupos, e sobretudo descortinar os seus limites normativos. É possível ser verdadeiramente um soberano? Se sim, como? Ao abordar a
interdependência dos humanos enquanto seres vivos que partilham naturalmente interesses biológicos e culturais, esta apresentação determina os limites das pretensões normativas a favor da soberania enquanto em simultâneo enfatiza a sua adequação contextual. Para atingir este objectivo,
recorre aos mais actualizados modelos de evolução cultural e biológica, tais como a “co-evolução de cultura e genes”, a “selecção de níveis múltiplos”, e a “aptidão inclusiva”.
Original language | Portuguese |
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Pages | 85-86 |
Number of pages | 2 |
Publication status | Published - 2018 |
Event | 3º Congresso Internacional de Filosofia da SPF - Covilhã, Portugal Duration: 6 Sept 2018 → 7 Sept 2018 |
Conference
Conference | 3º Congresso Internacional de Filosofia da SPF |
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Country/Territory | Portugal |
City | Covilhã |
Period | 6/09/18 → 7/09/18 |