Sigilografia, sociabilidade e representação do poder: um sinete de Alexandre de Gusmão

Tiago Reis Miranda, Miguel Metelo de Seixas

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Abstract

Tendo sido secretário da embaixada do Conde de Ribeira Grande em Paris, agente do rei de Portugal em Roma e, ao que parece, também, cônsul da nação portuguesa em Bordéus, Alexandre de Gusmão tem a sua memória associada aos trabalhos de negociação do Tratado de Madrid (1750) e aos 'ditos de espírito' de um pequeno conjunto de cartas, de tipos diversos, que terá redigido em Lisboa, nos vinte últimos anos de vida. Pouco se sabe, de facto, sobre as estratégias sociais e simbólicas que o levaram a conquistar a simpatia e o respeito de D. João V, antes de assumir as funções de seu 'secretário particular' (ca. 1730). Existem, no entanto, alguns elementos inexplorados a esse respeito nos documentos da embaixada de Portugal junto da Santa Sé e na sua correspondência particular que hoje se encontra em outros acervos. O presente trabalho incide sobre um desses elementos, de cunho iconográfico: o seu selo, que se procura analisar à luz das práticas epistolares e sigilográficas da época, mas também como forma de auto-representação. Nesse sentido, o selo de Alexandre de Gusmão merece ser considerado não apenas nas suas características formais e simbólicas, mas também como instrumento de comunicação, inserido numa estratégia de ascensão e integração social.
Original languagePortuguese
Title of host publicationDiplomacia e Transmissão Cultural
EditorsTeresa Leonor Vale, Maria João Ferreira
Place of PublicationLisboa
Publisher Althum.com | Fundação das Casas de Fronteira e Alorna
Pages267-288
Number of pages11
ISBN (Print)978-989-683-138-7
Publication statusPublished - 2018

Keywords

  • Sigilografia
  • Diplomacia
  • Sociabilidade
  • Heráldica
  • Antigo Regime

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