Abstract
Nas escolas Waldorf, organizadas segundo modelo criado por Rudolf Steiner (1861-1925), o educador tem um papel fundamental, privilegiando a autoeducação e uma relação profunda entre Homem, Natureza e Cosmos. Como marcas identitárias da pedagogia Waldorf, a imaginação e a criatividade são estimuladas de uma forma serena, em sintonia com os ritmos biológicos de cada um. É nas atividades quotidianas que o professor põe em prática os princípios educativos defendidos por Steiner, necessitando de cuidar permanentemente da relação que estabelece com os outros e com o meio envolvente. A sua prática profissional é, essencialmente, um projeto de vida, simultaneamente pessoal e coletivo. Partindo de um estudo de caso, o Jardim de Infância São Jorge, em Alfragide, estabelecimento de ensino particular e cooperativo fundado em 1984, reflete-se sobre o processo de construção dessa identidade profissional, a de ser-se um “professor Waldorf”. Pretende-se compreender a organização dos ritmos diários, que materiais se constroem ou utilizam, o que é feito para conhecer as características dos alunos, como colaboram com os demais, as formações que vão adquirindo. Estas e outras perspetivas fundamentam-se na documentação de arquivo existente na escola, em diversas entrevistas realizadas a educadores, bem como em textos de Rudolf Steiner e em estudos sobre Steiner e a pedagogia Waldorf.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | O Tempo dos Professores |
Editors | Luís Grosso Correia, Ruth Leão, Sara Poças |
Place of Publication | Porto |
Publisher | Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) - Universidade do Porto |
Pages | 147-161 |
Number of pages | 15 |
ISBN (Electronic) | 978-989-8471-26-0 |
Publication status | Published - 2017 |
Keywords
- Pedagogia Waldorf
- Autoeducação
- Ritmo
- Identidade