Abstract
A população portuguesa sofreu um substancial aumento da esperança média
de vida nas últimas quatro décadas. No mesmo período, registou-se um
progressivo aumento da despesa em saúde. Existe uma correlação positiva forte
entre estas duas variáveis? Face ao esperado aumento da esperança média de
vida dos portugueses, é expectável um aumento da despesa em saúde?
Esta investigação tem por objectivo perceber o impacte do envelhecimento
populacional na saúde e, consequentemente, nos gastos em saúde. É,
simultaneamente, uma análise qualitativa (revisão da literatura) e quantitativa
(análise e tratamento de dados), que se centra no estudo do caso português
e compreende o período entre 1970 e 2014, que corresponde a uma fase de
profundas alterações, quer em termos de dinâmicas e configuração demográfica,
quer ao nível das condições de vida dos portugueses, designadamente em
termos de acesso a cuidados de saúde.
Os resultados desta investigação não parecem identificar o envelhecimento
da população como um dos principais determinantes da despesa em saúde,
pelo que o esperado aumento dos níveis médios de envelhecimento individual
e demográfico não terão de representar necessariamente um acréscimo da
despesa em saúde nos próximos anos. Esta constatação não invalida que a
existência de uma população mais envelhecida coloque novos desafios ao
sistema de saúde português, em particular na organização da sua estrutura e
no tipo de respostas que são oferecidas aos cidadãos.
de vida nas últimas quatro décadas. No mesmo período, registou-se um
progressivo aumento da despesa em saúde. Existe uma correlação positiva forte
entre estas duas variáveis? Face ao esperado aumento da esperança média de
vida dos portugueses, é expectável um aumento da despesa em saúde?
Esta investigação tem por objectivo perceber o impacte do envelhecimento
populacional na saúde e, consequentemente, nos gastos em saúde. É,
simultaneamente, uma análise qualitativa (revisão da literatura) e quantitativa
(análise e tratamento de dados), que se centra no estudo do caso português
e compreende o período entre 1970 e 2014, que corresponde a uma fase de
profundas alterações, quer em termos de dinâmicas e configuração demográfica,
quer ao nível das condições de vida dos portugueses, designadamente em
termos de acesso a cuidados de saúde.
Os resultados desta investigação não parecem identificar o envelhecimento
da população como um dos principais determinantes da despesa em saúde,
pelo que o esperado aumento dos níveis médios de envelhecimento individual
e demográfico não terão de representar necessariamente um acréscimo da
despesa em saúde nos próximos anos. Esta constatação não invalida que a
existência de uma população mais envelhecida coloque novos desafios ao
sistema de saúde português, em particular na organização da sua estrutura e
no tipo de respostas que são oferecidas aos cidadãos.
Original language | Portuguese |
---|---|
Pages (from-to) | 41-63 |
Number of pages | 23 |
Journal | Revista de Estudos Demográficos |
Issue number | 56 |
Publication status | Published - 2017 |
Keywords
- Despesa em saúde
- Portugal
- Envelhecimento
- Saúde