Abstract
Trieste é para Jan Morris “a capital de lugar nenhum”, uma cidade que se distingue por pouco se distinguir, como se nela todas as fronteiras deixassem de funcionar. O livro em que se ocupa de Trieste — Trieste and the meaning of nowhere (2001) — ganha assim uma importância especial, produzindo uma interrupção marcante numa obra que, movida pelo conhecimento dos mais diversos lugares do mundo, se diria sujeita ao mecanismo da literatura de viagens. O que faz de Trieste um caso singular parece ser o acolhimento que reserva àqueles que nunca confundem singularidade com identidade — um grupo disperso de personagens que teriam, como único traço comum, o da passagem pela escrita.
Translated title of the contribution | Nowhere |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 1-8 |
Number of pages | 8 |
Journal | Revista Dobra. Pensar com as Artes |
Issue number | 4/5 |
Publication status | Published - 2019 |
Keywords
- Trieste
- viagens
- escrita
- fronteira
- autobiografia