Abstract
Num contexto em que, recentemente, se assistiu a uma onda de contestação (e questionamento) dos monumentos erigidos aos heróis da História de Portugal, impõem-se revisitar "Os Reis" (1964-1966). Enquanto nesse poema patriótico e esotérico que é a Mensagem, em forma de prece e lamento sobre o Quinto Império, Fernando Pessoa confere carácter de urgência à necessidade de realização do Ser da Pátria pela via de um “novo sebastianismo”, na condição de percursor da Nova-figuração que desponta do efervescente ambiente dos anos 1960, Costa Pinheiro leva a cabo uma desmitificação dos nossos “ícones nacionais” mediante uma sabotagem semiótica dos emblemas, insígnias e demais símbolos que os sustentam.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | online |
Journal | Arte Capital |
Publication status | Published - 21 Oct 2020 |