Abstract
No Renascimento desenvolveu-se um tipo de literatura que se baseava em desenhos alegóricos, acompanhados de um mote explicativo, procurando ensinar de forma intuitiva uma verdade moral. Procurava-se, através de uma imagem, tornar apreensível um conceito. Estas representações ilustrativas de um conceito foram chamadas “emblemas”, inicialmente com o sentido de “obra em mosaico”. Entre os emblematistas e os poetas alexandrinos verifica-se uma ligação estreita, como se pode constatar na obra de Alciato. Este não se limita a criar os seus emblemas com base em autores como Ateneu, Aulo Gélio, Eliano, Estobeu, Plínio ou Pausânias, mas serve-se ainda de inúmeros epigramas da Antologia Grega, que traduz para Latim, acrescentando-lhe uma ilustração. Por seu turno, Otto van Veen (Vænius) não traduz, mas inspira-se em epigramas gregos da mesma antologia, designadamente nos que descrevem Eros e o seu poder. O objectivo desta comunicação é analisar os emblemas respeitantes ao deus do amor, tentando compreender como é que esta divindade era vista pelos autores de livros de emblemas e em que medida essa é uma herança da poesia do período helenístico.
Original language | Portuguese |
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Pages | 16 |
Number of pages | 1 |
Publication status | Published - 2017 |
Event | «Expressões da Antiguidade na Arte e Literatura Modernas Contemporâneas» - FCSH/NOVA , Lisboa, Portugal Duration: 23 Feb 2017 → 24 Feb 2017 |
Conference
Conference | «Expressões da Antiguidade na Arte e Literatura Modernas Contemporâneas» |
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Country/Territory | Portugal |
City | Lisboa |
Period | 23/02/17 → 24/02/17 |
Keywords
- Amor
- emblemas
- poesia helenística
- imagem
- conceitos