TY - JOUR
T1 - Reinventando a Iconografia Musical em tempos de pandemia
T2 - o projeto colaborativo “Iconografia Musical no Brasil nas caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro (1875-1879)
AU - Rocha, Luzia Aurora
AU - Vieira, Gilberto
N1 - UIDB/00693/2020
UIDP/00693/2020
PY - 2021/12
Y1 - 2021/12
N2 - Apanhando o mundo de surpresa, a pandemia COVID-19 veio obrigar a uma nova organização do mundo académico, assumindo-se novas formas de trabalho. Foi necessário, por parte de investigadores por todo o mundo, uma rápida transformação e adaptação: o virtual rapidamente suplantou o presencial e novas formas de colaboração à distância surgiram, não sendo excepção a iconografia musical. A presente comunicação vem apresentar resultados desta colaboração. Visa, em primeiro lugar, apresentar o projecto desenvolvido entre Brasil e Portugal, focado na produção e recepção da obra caricatural de Rafael Bordalo Pinheiro durante a sua permanência no Brasil, com vista a mapear na obra do caricaturista aspectos de crítica de imprensa sobre o quotidiano musical brasileiro na segunda metade do século XIX. Em segundo lugar, pretende analisar questões de contexto histórico-musical sob o ponto de vista dos conceitos de “espaço da experiência” e “horizonte da expectativa” (Reinhart Koselleck), uma vez que Bordalo integrava uma geração de artistas que, quer em Portugal, quer no Brasil, lidava com tempos de crise e mudança: em Portugal, agitavam-se valores republicanos e no Brasil, configurava-se uma crise relativamente ao governo imperial. O que nos coloca como possibilidade analisar esse conjunto iconográfico também como um “ato de fala”, a partir do qual se anunciam e se manifestam intenções, representações, valores e projetos intelectuais. Este facto conduz-nos ao terceiro ponto tratado nesta comunicação e aos conceitos de “política das sensibilidades” e “sensibilidade política” (Esteban Buch), demonstrando que a iconografia musical pode ser espaço de experiência para a sua aplicação em novos estudos.
AB - Apanhando o mundo de surpresa, a pandemia COVID-19 veio obrigar a uma nova organização do mundo académico, assumindo-se novas formas de trabalho. Foi necessário, por parte de investigadores por todo o mundo, uma rápida transformação e adaptação: o virtual rapidamente suplantou o presencial e novas formas de colaboração à distância surgiram, não sendo excepção a iconografia musical. A presente comunicação vem apresentar resultados desta colaboração. Visa, em primeiro lugar, apresentar o projecto desenvolvido entre Brasil e Portugal, focado na produção e recepção da obra caricatural de Rafael Bordalo Pinheiro durante a sua permanência no Brasil, com vista a mapear na obra do caricaturista aspectos de crítica de imprensa sobre o quotidiano musical brasileiro na segunda metade do século XIX. Em segundo lugar, pretende analisar questões de contexto histórico-musical sob o ponto de vista dos conceitos de “espaço da experiência” e “horizonte da expectativa” (Reinhart Koselleck), uma vez que Bordalo integrava uma geração de artistas que, quer em Portugal, quer no Brasil, lidava com tempos de crise e mudança: em Portugal, agitavam-se valores republicanos e no Brasil, configurava-se uma crise relativamente ao governo imperial. O que nos coloca como possibilidade analisar esse conjunto iconográfico também como um “ato de fala”, a partir do qual se anunciam e se manifestam intenções, representações, valores e projetos intelectuais. Este facto conduz-nos ao terceiro ponto tratado nesta comunicação e aos conceitos de “política das sensibilidades” e “sensibilidade política” (Esteban Buch), demonstrando que a iconografia musical pode ser espaço de experiência para a sua aplicação em novos estudos.
M3 - Article
SP - 294
EP - 306
JO - Anais...Congresso Brasileiro de Iconografia Musical
JF - Anais...Congresso Brasileiro de Iconografia Musical
SN - 2318-7026
IS - 6
ER -