TY - CHAP
T1 - Regionalismos e colonialismo tardio em África:
T2 - projectos inter-territoriais e dinâmicas de cooperação em saúde em África
AU - Havik, Philip J.
AU - Monteiro, José Pedro
PY - 2020
Y1 - 2020
N2 - Na fase pós-1945, a assistência técnica surge como a resposta das agências internacionais e de regimes coloniais aos problemas de «sub-desenvolvimento» de territórios vários, muitos dos quais ainda integrados nos espaços imperiais. A Comissão de Cooperação Técnica na África a Sul do Saara (CCTA) foi criada em 1950 para condicionar e controlar a acção de agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU) na África sub-Saariana. A CCTA antecipou o estabelicimento do AFRO, o bureau regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a região africana em 1952. O Reino Unido, a França, a Bélgica e Portugal pretenderam reforçar a defesa da sua legitimidade imperial, e condicionar a ação do AFRO na área da saúde nos respectivos espaços africanos sob o seu domínio. Este capítulo procura recuperar e contextualizar alguns episódios da história da diplomacia de saúde no quadro da integração internacional e regional do império colonial português em matéria de saúde pública e epidemiologia. Primeiro, pretende reconstituir a interacção do império português e seus representantes com agências tal como a OMS, o AFRO, e a CCTA, e num segundo momento demonstrar, através de dois estudos de caso no âmbito de projectos de cooperação médica inter-territorial - sobre a malária e a doença do sono - as vicissitudes da diplomacia portuguesa no âmbito da saúde na região africana.
AB - Na fase pós-1945, a assistência técnica surge como a resposta das agências internacionais e de regimes coloniais aos problemas de «sub-desenvolvimento» de territórios vários, muitos dos quais ainda integrados nos espaços imperiais. A Comissão de Cooperação Técnica na África a Sul do Saara (CCTA) foi criada em 1950 para condicionar e controlar a acção de agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU) na África sub-Saariana. A CCTA antecipou o estabelicimento do AFRO, o bureau regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a região africana em 1952. O Reino Unido, a França, a Bélgica e Portugal pretenderam reforçar a defesa da sua legitimidade imperial, e condicionar a ação do AFRO na área da saúde nos respectivos espaços africanos sob o seu domínio. Este capítulo procura recuperar e contextualizar alguns episódios da história da diplomacia de saúde no quadro da integração internacional e regional do império colonial português em matéria de saúde pública e epidemiologia. Primeiro, pretende reconstituir a interacção do império português e seus representantes com agências tal como a OMS, o AFRO, e a CCTA, e num segundo momento demonstrar, através de dois estudos de caso no âmbito de projectos de cooperação médica inter-territorial - sobre a malária e a doença do sono - as vicissitudes da diplomacia portuguesa no âmbito da saúde na região africana.
UR - https://www.almedina.net/os-imp-rios-do-internacional-perspectivas-genealogias-e-processos-1588579419.html
UR - https://www.researchgate.net/publication/342898347_Regionalismos_e_colonialismo_tardio_em_Africa_projectos_inter-territoriais_e_dinamicas_de_cooperacao_em_saude_em_Africa
UR - https://novaresearch.unl.pt/en/publications/regionalismos-e-colonialismo-tardio-em-%C3%A1frica-projectos-inter-ter
M3 - Chapter
SN - 9789724084275
SP - 297
EP - 326
BT - Os impérios do internacional
A2 - Dores, Hugo
PB - Almedina
CY - Lisbon
ER -