Abstract
A produção/exportação de tabaco, de grande importância na economia colonial dos impérios ibéricos, teve o seu auge no séc. XVIII e foi a base da colonização inglesa em zonas do continente americano.
As principais unidades políticas europeias intrometeram-se para fazer prevalecer interesses mercantis, fiscais e aduaneiros nessa área, mas redes organizadas em torno de círculos periféricos ultramarinos criaram a sua própria dinâmica expansionista e geraram um oceano global.
Mercê do contrabando (que deve ser entendido como fenómeno social e histórico, simultaneamente inevitável, mas necessário), e do tráfico negreiro construíram-se elos entre diferentes nacionalidades e confissões (protestantes, católicos e marranos) que escapavam às malhas oficiais ou estabeleciam com elas equívocas parcerias, por intermédio de redes consulares e companhias mercantis.
Como se articulavam tais redes? quem as compunha? quais os mecanismos/ artifícios usados, as dinâmicas e contaminações subjacentes? de que modo influíram e alteraram as estratégias das unidades políticas a que estavam agregadas impondo a defesa da economia privada face à conveniência pública patente nos monopólios? Como se posicionaram, antes essa realidade, os poderes coloniais?
É no intuito de procurar resposta para estas e outras questões que se coligiram as notas de pesquisa seguintes, com vista a um futuro trabalho de maior fôlego.
As principais unidades políticas europeias intrometeram-se para fazer prevalecer interesses mercantis, fiscais e aduaneiros nessa área, mas redes organizadas em torno de círculos periféricos ultramarinos criaram a sua própria dinâmica expansionista e geraram um oceano global.
Mercê do contrabando (que deve ser entendido como fenómeno social e histórico, simultaneamente inevitável, mas necessário), e do tráfico negreiro construíram-se elos entre diferentes nacionalidades e confissões (protestantes, católicos e marranos) que escapavam às malhas oficiais ou estabeleciam com elas equívocas parcerias, por intermédio de redes consulares e companhias mercantis.
Como se articulavam tais redes? quem as compunha? quais os mecanismos/ artifícios usados, as dinâmicas e contaminações subjacentes? de que modo influíram e alteraram as estratégias das unidades políticas a que estavam agregadas impondo a defesa da economia privada face à conveniência pública patente nos monopólios? Como se posicionaram, antes essa realidade, os poderes coloniais?
É no intuito de procurar resposta para estas e outras questões que se coligiram as notas de pesquisa seguintes, com vista a um futuro trabalho de maior fôlego.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | El tabaco y la esclavitud en la rearticulación imperial ibérica (s. xv-xx) |
Editors | Santiago de Luxán Meléndez, João Figueirôa-Rêgo |
Place of Publication | Évora |
Publisher | Publicações do Cidehus |
Number of pages | 33 |
ISBN (Electronic) | 9791036531132 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2018 |
Publication series
Name | Biblioteca Estudos e Documentos |
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Number | 11 |
Keywords
- Agentes mercantis e consulares,
- Confissões religiosas
- Contrabando
- Tabaco