Abstract
Em 2009, falecia Vasco Granja, um nome incontornável do cinema de animação em Portugal. No entanto, até 2018 foram várias as vezes que as redes sociais voltaram a anunciar a sua morte, como se o “agora” tivesse adquirido contornos infinitos . Em dezembro de 2018, uma fotografia de uma mulher sem-abrigo a dormir com o seu filho numa rua pedonal francesa serviu de enquadramento para relatar situações precárias ou ilustrar atitudes xenófobas em várias partes do mundo . Quando alguém se apropria de um espaço e o usa para representar outros territórios, em que espaço nos movemos? Quando alguém rouba a autoridade de um passado para o cunhar de presente, em que tempo vivemos? E que papel tem o jornalismo neste novo paradigma, assumindo que é ainda o intermediário de referência?
Num percurso já sugerido por Tsatsou (2009), não é pretendido neste capítulo contribuir exaustivamente para a discussão conceptual do espaço e do tempo, mas, sim, refletir sobre as mais recentes experiências espácio-temporais proporcionadas pelos media e sugerir princípios que o jornalismo deve seguir enquanto intermediário de um espaço e de um tempo. Numa primeira parte, destacamos alguns momentos-chave da mediatização do espaço e do tempo; num segundo momento, focamo-nos no impacto que esta reconfiguração teve nas práticas jornalísticas e alguns dos problemas que enfrenta, como o da desinformação; por fim, sugerimos sete princípios que o jornalismo pode seguir para mediatizar com maior rigor as várias dimensões do espaço e do tempo em ambiente digital.
Num percurso já sugerido por Tsatsou (2009), não é pretendido neste capítulo contribuir exaustivamente para a discussão conceptual do espaço e do tempo, mas, sim, refletir sobre as mais recentes experiências espácio-temporais proporcionadas pelos media e sugerir princípios que o jornalismo deve seguir enquanto intermediário de um espaço e de um tempo. Numa primeira parte, destacamos alguns momentos-chave da mediatização do espaço e do tempo; num segundo momento, focamo-nos no impacto que esta reconfiguração teve nas práticas jornalísticas e alguns dos problemas que enfrenta, como o da desinformação; por fim, sugerimos sete princípios que o jornalismo pode seguir para mediatizar com maior rigor as várias dimensões do espaço e do tempo em ambiente digital.
Translated title of the contribution | Temporal and spacial reconfigurations in digital media: seven time and space proof principles |
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Original language | Portuguese |
Title of host publication | Mídia e Zeitgeist |
Editors | Ivan Bomfim, Basilio Sartor, Karine Moura Vieira, Marcia Veiga da Silva |
Place of Publication | Florianópolis |
Publisher | Editora Insular |
Chapter | 2 |
Pages | 58-75 |
Number of pages | 17 |
ISBN (Print) | 978-65-88401-39-2 |
Publication status | Published - May 2021 |
Keywords
- Jornalismo