Abstract
Filipe Ribeiro de Meneses é um veterano dos estudos sobre a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial. A tese com que se doutorou no Trinity College de Dublin, na Irlanda, nos idos anos 90 do século XX, versava precisamente a União Sagrada e o Sidonismo, Portugal na Grande Guerra (1916-1918)5: uma monografia que estudava a situação de Portugal durante o período dos governos da União Sagrada e de Sidónio Pais. Muito mais recentemente, e no âmbito de uma coleção de monografias sobre os líderes políticos de cada um dos países que participaram, como ex-beligerantes, nas conferências de paz de Paris em 1919, publicou uma curta biografia de Afonso Costa. Além destes textos mais longos, Filipe Ribeiro de Meneses tem vindo a publicar igualmente numerosos artigos sobre a participação de Portugal na Grande Guerra. O conhecimento que tem desta época e das condições que levaram Portugal à beligerância na Primeira Guerra Mundial é por isso, pode-se dizer, muito profundo.
A sua mais recente obra, A Grande Guerra de Afonso Costa8, é todavia um objeto estranho do ponto de vista das categorias com que se costumam catalogar os livros nas bibliotecas. Não é uma biografia propriamente dita, mas também não é uma monografia sobre os políticos «guerristas».
É que, não sendo a obra, por um lado, uma pura biografia, nem, por outro, um estudo sobre uma fação política ou um projeto político, ela faz confluir a ação individual de Afonso Costa com a dinâmica do «partido guerrista», situação imprescindível para que Portugal se tornasse uma nação beligerante na Primeira Guerra Mundial. Esta muito peculiar característica da obra espelha a muito particular posição que Afonso Costa teve no desenrolar dos eventos que encaminharam Portugal para a beligerância na grande conflagração e é uma das grandes mais-valias deste livro.
A sua mais recente obra, A Grande Guerra de Afonso Costa8, é todavia um objeto estranho do ponto de vista das categorias com que se costumam catalogar os livros nas bibliotecas. Não é uma biografia propriamente dita, mas também não é uma monografia sobre os políticos «guerristas».
É que, não sendo a obra, por um lado, uma pura biografia, nem, por outro, um estudo sobre uma fação política ou um projeto político, ela faz confluir a ação individual de Afonso Costa com a dinâmica do «partido guerrista», situação imprescindível para que Portugal se tornasse uma nação beligerante na Primeira Guerra Mundial. Esta muito peculiar característica da obra espelha a muito particular posição que Afonso Costa teve no desenrolar dos eventos que encaminharam Portugal para a beligerância na grande conflagração e é uma das grandes mais-valias deste livro.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 127-133 |
Number of pages | 7 |
Journal | R:I / Relações Internacionais |
Issue number | 51 |
Publication status | Published - Sept 2016 |
Keywords
- Afonso Costa
- Grande Guerra
- Filipe Ribeiro de Meneses