Abstract
“Rajá é sinónimo de gelado”. Esta é uma frase que se houve
repetidamente quando se fala nesta marca icónica dos anos 50, 60
e 70 em Portugal. Para as crianças dessa época, quando os pais ou
avós lhes propunham ir comer um gelado, o que diziam era “vamo scomprar um Rajá”, mesmo que depois fossem consumir produtos de outras marcas.
Esta identidade marcante e distintiva, construída com base em
inovação tecnológica e em boa estratégia publicitária, deixou uma
impressão longeva na memória de uma geração, não só pelos momentos de verão e de praia que o consumo de gelados representava, mas também (e talvez principalmente) pelos famosos brindes, bonecos de plástico colorido oferecidos em cada gelado, que permitiram o acesso a brinquedos, brincadeiras e histórias, a muitas crianças da época.
Mas não só de gelados é feita a história da Rajá. Esta empresa
começa focada na produção de chocolates e bombons, numa oferta que também incluía drops (rebuçados) e caramelos, bem como os gelados – uns produtos mais procurados no inverno, outros no verão. E, se aprofundarmos a “genealogia” da marca, nesta história encontramos também um importante inovador e inventor português do sector alimentar que, no mesmo local, nos anos 30, criou outra marca icónica portuguesa, a Banacao, um produto solúvel, energético, então presente nas mesas de pequeno-almoço por todo o país.
Hoje escrevemos uma parte da história desta marca – apenas
uma fração de tudo o que representou e marcou, porque a memória desaparece ao longo do tempo, bem como a materialidade.
repetidamente quando se fala nesta marca icónica dos anos 50, 60
e 70 em Portugal. Para as crianças dessa época, quando os pais ou
avós lhes propunham ir comer um gelado, o que diziam era “vamo scomprar um Rajá”, mesmo que depois fossem consumir produtos de outras marcas.
Esta identidade marcante e distintiva, construída com base em
inovação tecnológica e em boa estratégia publicitária, deixou uma
impressão longeva na memória de uma geração, não só pelos momentos de verão e de praia que o consumo de gelados representava, mas também (e talvez principalmente) pelos famosos brindes, bonecos de plástico colorido oferecidos em cada gelado, que permitiram o acesso a brinquedos, brincadeiras e histórias, a muitas crianças da época.
Mas não só de gelados é feita a história da Rajá. Esta empresa
começa focada na produção de chocolates e bombons, numa oferta que também incluía drops (rebuçados) e caramelos, bem como os gelados – uns produtos mais procurados no inverno, outros no verão. E, se aprofundarmos a “genealogia” da marca, nesta história encontramos também um importante inovador e inventor português do sector alimentar que, no mesmo local, nos anos 30, criou outra marca icónica portuguesa, a Banacao, um produto solúvel, energético, então presente nas mesas de pequeno-almoço por todo o país.
Hoje escrevemos uma parte da história desta marca – apenas
uma fração de tudo o que representou e marcou, porque a memória desaparece ao longo do tempo, bem como a materialidade.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Fábrica da Rajá em Monsanto |
Editors | Maria Eduarda Napoleão |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Santa Casa da Misericórdia de Lisboa |
Chapter | 2 |
Pages | 35-159 |
Number of pages | 124 |
Volume | 6 |
ISBN (Print) | 9789899151598 |
Publication status | Published - Sept 2024 |
Keywords
- Rajá
- Gelado
- Chocolate
- Património Industrial
- Industrial Heritage
- Ice-Cream