Abstract
Com um passado de aproximações e afastamentos no modo de olhar a construção tradicional, a arquitectura popular e o património vernacular , antropologia e arquitectura reconciliam-se neste trabalho de Ana Saraiva sobre as "práticas e discursos relativos a expressões da arquitectura doméstica". Este é um livro sobre as casas construídas desde o início de novecentos na região intermédia e pouco estudada da Alta Estremadura: as casas de trabalhadores rurais do concelho de Ourém (1900-1960) a que se juntaram as casas dos emigrantes em França nas freguesias de Espite e Urqueira (1970-2015) e a suas acomodações aos gostos e necessidades de um presente etnográfico multi-situado (1990-2015). Mas não só. O argumento central de Ana Saraiva é que a arquitectura popular constitui um "importante referente identitário em Portugal" que simultaneamente manifesta os investimentos económicos e simbólicos de famílias e indivíduos particulares no espaço material e social da domesticidade, e reconfigura tanto quanto espelha a transformação das aldeias portuguesas ao longo do século XX e início do século XXI, marcadas por trânsitos físicos e virtuais entre o local e o transnacional, o rural e o urbano, o tradicional e o moderno.
Original language | Portuguese |
---|---|
Title of host publication | Casas (Pós-)Rurais entre 1900 e 2015 |
Subtitle of host publication | Expressões Arquitetónicas e Trajetórias Identitárias |
Editors | Ana Saraiva |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Colibri |
Pages | 17-20 |
Number of pages | 4 |
ISBN (Print) | 978-989-689-647-8 |
Publication status | Published - 2017 |