Abstract
Desde cedo se percebeu que a eventual intervenção de Portugal na Primeira Grande Guerra iria originar sérias polémicas tanto no plano interno como no tocante às relações exteriores. O presente artigo visa debruçar-se sobretudo nos problemas externos, os quais se prendiam com contendas com a Grã-Bretanha que remontavam à política de tratados iniciada logo após o Ultimatum de Janeiro de 1890. Se, por um lado, o sentimento de hostilidade para com a Alemanha era generalizado, por outro, alguns observadores políticos tinham dúvidas quanto à posição que Portugal deveria adoptar face ao conflito na Europa: a beligerância activa ou a neutralidade expectante? Em qualquer caso, tornava-se óbvio que a política externa da República se encontrava totalmente dependente de Londres. Neste contexto, a comunicação proposta centrar-se-á na análise e na discussão de testemunhos de intelectuais britânicos que apresentaram as suas curiosas posições face à entrada na Guerra do “pequeno aliado”, Portugal, ao lado da “todo-poderosa” Grã-Bretanha.
Original language | Portuguese |
---|---|
Pages (from-to) | 173-190 |
Journal | Mátria Digital |
Issue number | 4 |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Primeira Grande Guerra
- Grã-Bretanha
- Portugal
- Política Externa