Abstract
Pela força da duração do Estado Novo, pode-se afirmar, sem qualquer dúvida, que a arte colonial sob o governo de Oliveira Salazar resultou de um programa comemorativo e auto-apologético que constituiu um veículo privilegiado de legitimação do império colonial português.
De qualquer modo, a relação entre arte e poder, entre fé e império produziu-se num duplo jogo: se, por um lado, a arte necessitou do regime nomeadamente no seu papel de mecenas, por outro, o poder político usou-a para tornar visível o seu discurso, numa constante recorrência ao passado histórico-colonial. Isso significou que o Estado foi um impulsionador, patrocinador, edificador e, simultaneamente, condicionador do discurso artístico imperial e colonial de nítida retórica simbólica
De qualquer modo, a relação entre arte e poder, entre fé e império produziu-se num duplo jogo: se, por um lado, a arte necessitou do regime nomeadamente no seu papel de mecenas, por outro, o poder político usou-a para tornar visível o seu discurso, numa constante recorrência ao passado histórico-colonial. Isso significou que o Estado foi um impulsionador, patrocinador, edificador e, simultaneamente, condicionador do discurso artístico imperial e colonial de nítida retórica simbólica
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Arte e Fé |
Editors | Margarida Acciaiuoli, Francisco Caramelo, João Paulo Oliveira e Costa, Maria João Castro, Teresa Meruje |
Publisher | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Pages | 143-157 |
Number of pages | 15 |
ISBN (Print) | 978-989-98998-4-4 |
Publication status | Published - 2016 |