Abstract
O português preserva a história da violência colonial contra os corpos não brancos e as línguas e epistemologias que esses corpos-memória guardam. Esta é também a língua que constrói narrativas sobre conquistas e descobertas de territórios e missões civilizadoras para subjugar povos que já habitavam esses espaços. Partindo do pensamento decolonial, explora-se o uso performativo e artístico da palavra poética em poemas de Ellen Lima que escreve em Tupi Antigo e em português. Argumenta-se que a sua escrita performativa assenta numa gramática decolonial que pode configurar caminhos de reparação. A praxis decolonial desafia a violência colonial que a língua portuguesa silencia.
Original language | Portuguese |
---|---|
Pages (from-to) | 111-129 |
Number of pages | 18 |
Journal | Via Atlântica |
Volume | 25 |
Issue number | 2 |
DOIs | |
Publication status | Published - Apr 2025 |
Keywords
- Ellen Lima
- Pensamento de Fronteira
- Práxis Decolonial
- Gramática de Reparação