TY - JOUR
T1 - Os topónimos das ilhas atlânticas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na história da Paleontologia
AU - Rocha, Rogério Eduardo Bordalo da
AU - Callapez, Pedro Miguel
AU - Kullberg, José Carlos Ribeiro
AU - Sá Caetano, Paulo do Carmo de
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PTDC.FER-HFC.30666
PY - 2021
Y1 - 2021
N2 - O recurso a topónimos locais é de uso frequente na descrição científica de novas espécies. Numa perspetiva histórica da taxonomia paleontológica, estes enriquecem substancialmente a nomenclatura existente e permitem contextualizações geográficas mais efetivas. Desde meados do século XIX, os Açores, Madeira e Cabo Verde foram visitados por muitos naturalistas, os quais descreveram floras e faunas atuais e fósseis, usando frequentemente a toponímia local. Daí resultou, sobretudo, a descrição de mais de 60 novos táxones de invertebrados fósseis (ou “subfósseis”) do Cretácico Inferior ao Holocénico, para além de quatro vegetais, um cocolitoforídeo e um icnofóssíl, a partir de topónimos das ilhas atlânticas da Macaronésia da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Os mais utilizados foram Porto Santo (Madeira) (9), Madeira (6), Açores (6), Santa Maria (Açores) (5) e Cabo Verde (6), mas outros existem ligados a designações locais, como povoações e geoformas. Dado que muitos outros topónimos também têm servido para espécies atuais dos mesmos arquipélagos, incluindo São Tomé e Príncipe, e que as associações paleontológicas dos depósitos destas ilhas ainda carecem, em grande medida, de estudos aprofundados, é natural que parte destes táxones ainda venham a ser encontrados em novas jazidas, enriquecendo a presente lista. É interessante notar, também, que alguns dos nomes adotados não cumprem as regras do ICNZ (International Code of Zoological Nomenclature - Código Internacional de Nomenclatura Zoológica), necessitando de futura revisão.
AB - O recurso a topónimos locais é de uso frequente na descrição científica de novas espécies. Numa perspetiva histórica da taxonomia paleontológica, estes enriquecem substancialmente a nomenclatura existente e permitem contextualizações geográficas mais efetivas. Desde meados do século XIX, os Açores, Madeira e Cabo Verde foram visitados por muitos naturalistas, os quais descreveram floras e faunas atuais e fósseis, usando frequentemente a toponímia local. Daí resultou, sobretudo, a descrição de mais de 60 novos táxones de invertebrados fósseis (ou “subfósseis”) do Cretácico Inferior ao Holocénico, para além de quatro vegetais, um cocolitoforídeo e um icnofóssíl, a partir de topónimos das ilhas atlânticas da Macaronésia da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Os mais utilizados foram Porto Santo (Madeira) (9), Madeira (6), Açores (6), Santa Maria (Açores) (5) e Cabo Verde (6), mas outros existem ligados a designações locais, como povoações e geoformas. Dado que muitos outros topónimos também têm servido para espécies atuais dos mesmos arquipélagos, incluindo São Tomé e Príncipe, e que as associações paleontológicas dos depósitos destas ilhas ainda carecem, em grande medida, de estudos aprofundados, é natural que parte destes táxones ainda venham a ser encontrados em novas jazidas, enriquecendo a presente lista. É interessante notar, também, que alguns dos nomes adotados não cumprem as regras do ICNZ (International Code of Zoological Nomenclature - Código Internacional de Nomenclatura Zoológica), necessitando de futura revisão.
U2 - 10.29077/bol.115.ce021.rocha
DO - 10.29077/bol.115.ce021.rocha
M3 - Article
SN - 2659-2703
VL - 115
SP - 128
EP - 144
JO - Boletín de la Real Sociedad Española de Historia Natural
JF - Boletín de la Real Sociedad Española de Historia Natural
ER -