TY - JOUR
T1 - Os desaparecidos, os fantasmas e o corpo.
T2 - Como arquivam? Analisando o conflito sírio na performance contemporânea
AU - Raposo Gomes, Sílvia Alexandra
N1 - info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/147310/PT#
UID/ANT/04038/2013
PY - 2018
Y1 - 2018
N2 - O presente artigo propõe uma análise da dança-teatro partindo do binómio performance/política no qual se perspetiva o corpo como lugar privilegiado para a análise do poder. Para tal recorre-se aos espectáculos Antes que matem os elefantes, da Companhia Olga Roriz, e Eu Sou Mediterrâneo, da Companhia Vidas de A a Z, no seu percurso artístico e analisa-se as suas linguagens coreográficas e cénicas tendo em vista uma compreensão da performance como um lugar de tensão e embates que desenvolve articulações com a memória e esquecimento num jogo sensório-corporal. Empreende-se, assim, uma análise à política do chão como modo de compreender a performance da violência nos corpos “sem órgãos” das Companhias Olga Roriz e Vidas de A a Z, interpretando o chão em que se dança/interpreta como espaço que propõe uma arqueologia da violência sobre os corpos, transformando-os num microcosmo da guerra. O corpo é aqui entendido enquanto um “arquivo” do conflito sírio que permite recuperar as “versões fracas” através da libertação de “fantasmas” assumindo-se enquanto micro-resistência.
AB - O presente artigo propõe uma análise da dança-teatro partindo do binómio performance/política no qual se perspetiva o corpo como lugar privilegiado para a análise do poder. Para tal recorre-se aos espectáculos Antes que matem os elefantes, da Companhia Olga Roriz, e Eu Sou Mediterrâneo, da Companhia Vidas de A a Z, no seu percurso artístico e analisa-se as suas linguagens coreográficas e cénicas tendo em vista uma compreensão da performance como um lugar de tensão e embates que desenvolve articulações com a memória e esquecimento num jogo sensório-corporal. Empreende-se, assim, uma análise à política do chão como modo de compreender a performance da violência nos corpos “sem órgãos” das Companhias Olga Roriz e Vidas de A a Z, interpretando o chão em que se dança/interpreta como espaço que propõe uma arqueologia da violência sobre os corpos, transformando-os num microcosmo da guerra. O corpo é aqui entendido enquanto um “arquivo” do conflito sírio que permite recuperar as “versões fracas” através da libertação de “fantasmas” assumindo-se enquanto micro-resistência.
U2 - 10.30553/sociologiaonline.2017.15.4
DO - 10.30553/sociologiaonline.2017.15.4
M3 - Article
SN - 1647-3337
SP - 71
EP - 100
JO - Sociologia On Line
JF - Sociologia On Line
IS - 15
ER -