TY - JOUR
T1 - O retrato e os segredos da palavra visual
AU - Vieira, Susana
AU - Fina , Rosa
N1 - info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F00657%2F2020/PT#
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UIDB/00657/2020
UIDP/00657/2020
PY - 2020
Y1 - 2020
N2 - Pela imagem de pensatividade que nos reporta, não deixa o retrato de ser uma linguagem através da qual experimentamos a sensação de voyeurismo. Somos comuns a algo mais; somos um e o Outro. Somos. Entendido assim, o retrato torna-se motivo de uma conceptualização apenas se em presença de um espectador que emancipe por si mesmo uma interpretação. A este propósito não será despiciendo evocar o étimo retractu, enquanto efeito plausível quer de um retraimento, quer de uma remição, sempre em face do valor de uma anterioridade. Quando a imagem se fixa, algo se retira a um antes. Excesso ou inacabamento? Crença ou fingimento? A partir de O espectador emancipado de Rancière e das noções de verdade e verosimilhança, e em confronto com o literário, ensaiaremos uma hipótese de leitura que entenderá ambos — o retrato e o texto — como uma linguagem visual fixando a totalidade ou o fragmento de algo. Para o efeito, e fundamentando a nossa análise, mencionaremos o trabalho de Barthes, Correia, Deleuze & Guattari, Ricoeur, Todorov e Ramos Rosa, além do próprio autor (Rancière) de que partirá o nosso argumento.
AB - Pela imagem de pensatividade que nos reporta, não deixa o retrato de ser uma linguagem através da qual experimentamos a sensação de voyeurismo. Somos comuns a algo mais; somos um e o Outro. Somos. Entendido assim, o retrato torna-se motivo de uma conceptualização apenas se em presença de um espectador que emancipe por si mesmo uma interpretação. A este propósito não será despiciendo evocar o étimo retractu, enquanto efeito plausível quer de um retraimento, quer de uma remição, sempre em face do valor de uma anterioridade. Quando a imagem se fixa, algo se retira a um antes. Excesso ou inacabamento? Crença ou fingimento? A partir de O espectador emancipado de Rancière e das noções de verdade e verosimilhança, e em confronto com o literário, ensaiaremos uma hipótese de leitura que entenderá ambos — o retrato e o texto — como uma linguagem visual fixando a totalidade ou o fragmento de algo. Para o efeito, e fundamentando a nossa análise, mencionaremos o trabalho de Barthes, Correia, Deleuze & Guattari, Ricoeur, Todorov e Ramos Rosa, além do próprio autor (Rancière) de que partirá o nosso argumento.
KW - Linguagem visua
KW - Verdade e/ou verosimilhança
KW - Pensatividade/emancipação
U2 - https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.30173
DO - https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.30173
M3 - Article
SN - 2358-9566
SP - 381
EP - 391
JO - CONTEXTO - REVISTA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
JF - CONTEXTO - REVISTA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
IS - 37
ER -