TY - GEN
T1 - O queering como metodologia de crítica cultural
AU - Cascais, Antonio Fernando
N1 - UID/CCI/04667/2016
PY - 2016
Y1 - 2016
N2 - À questão de saber o que é a teoria queer vai-se substituindo progressivamente uma frutífera curiosidade acerca do que ela pode fazer e do que se pode fazer com ela enquanto metodologia de análise, mas também de criação e de crítica cultural: o “queering”. Absolutamente incontornável para se compreender cabalmente em todas as suas implicações muita da criação artistica e cultural contemporânea, a ideia de queering permanece consideravelmente ignorada fora do âmbito mais estrito dos estudos gay, lésbicos e queer. Este facto tem por consequência que as obras de arte (sobretudo nas artes visuais e nas artes performativas, mas também em muito cinema queer atual) que de algum maneira abordam o género e a sexualidade numa perspetiva crítica queer, ou que assimilem os seus adquiridos, permaneçam realmente opacas e ininteligíveis para a crítica (cultural, de arte) que no nosso país persiste em identificar queer como sinónimo de homossexualidade e que, erguida sobre essa ignorância fundadora, acha que sabe o que está a ver e que sabe o que está a dizer quando se pronuncia não só: a) sobre homossexualidade, mas sobre heterossexualidade, masculinidade, feminilidade, género e sexualidade, diferença sexual, identidades e culturas gay, lésbicas, transgénero, etc.; b) sobre tudo quanto cada uma delas essencialmente ou naturalizadamente (parece que) é; e c) sobre o que cada obra de arte constitui como expressão de uma identidade, de uma cultura, de um nicho artístico ou cultural, de uma minoria ou de uma diferença específica, de uma tendência ou de uma vanguarda experimental que tematiza aquilo que cada uma “é”, que não simplesmente arte ou cultura genericamente entendidas ou “mainstream”.
AB - À questão de saber o que é a teoria queer vai-se substituindo progressivamente uma frutífera curiosidade acerca do que ela pode fazer e do que se pode fazer com ela enquanto metodologia de análise, mas também de criação e de crítica cultural: o “queering”. Absolutamente incontornável para se compreender cabalmente em todas as suas implicações muita da criação artistica e cultural contemporânea, a ideia de queering permanece consideravelmente ignorada fora do âmbito mais estrito dos estudos gay, lésbicos e queer. Este facto tem por consequência que as obras de arte (sobretudo nas artes visuais e nas artes performativas, mas também em muito cinema queer atual) que de algum maneira abordam o género e a sexualidade numa perspetiva crítica queer, ou que assimilem os seus adquiridos, permaneçam realmente opacas e ininteligíveis para a crítica (cultural, de arte) que no nosso país persiste em identificar queer como sinónimo de homossexualidade e que, erguida sobre essa ignorância fundadora, acha que sabe o que está a ver e que sabe o que está a dizer quando se pronuncia não só: a) sobre homossexualidade, mas sobre heterossexualidade, masculinidade, feminilidade, género e sexualidade, diferença sexual, identidades e culturas gay, lésbicas, transgénero, etc.; b) sobre tudo quanto cada uma delas essencialmente ou naturalizadamente (parece que) é; e c) sobre o que cada obra de arte constitui como expressão de uma identidade, de uma cultura, de um nicho artístico ou cultural, de uma minoria ou de uma diferença específica, de uma tendência ou de uma vanguarda experimental que tematiza aquilo que cada uma “é”, que não simplesmente arte ou cultura genericamente entendidas ou “mainstream”.
M3 - Conference contribution
SN - 978-989-654-324-2
SN - 978-989-654-326-6
T3 - Ars
SP - 541
EP - 552
BT - Culturas em movimento
A2 - Sidoncha, Urbano
A2 - Moura, Catarina
PB - LabCom.IFP
CY - Covilhã
T2 - Culturas em movimento
Y2 - 27 October 2015 through 29 October 2015
ER -