“O que eu quero é uma revolução!”: a performatividade de uma palavra de ordem

Translated title of the contribution: “What I want is a revolution!”: the performativity of a slogan

Cláudia Madeira, Paulo Raposo (Editor), John Dawsey (Editor)

Research output: Contribution to journalArticlepeer-review

Abstract

Este artigo, escrito na primeira pessoa, parte do meu testemunho pessoal, da vivência enquanto cidadã e investigadora social, sobre o ambiente vivido desde 2008 até à atualidade em Portugal, em especial na cidade de Lisboa mas, também, abordando pontualmente alguns exemplos do Porto, Guimarães ou Évora: um contexto de crise social, económica e política que tem vindo a reactualizar e a restaurar algumas características do imaginário revolucionário do 25 de Abril de 1974, que se apresenta como um “guião” pronto a usar mas, também, a reinventar e questionar. Este ambiente criado (Harvey 2008), vivido e sentido pelo cidadão na sua relação com o espaço público — de que fazem parte as ruas, os espaços culturais, as redes sociais na internet — contém hoje uma intensa performatividade, que é pontuada pela emergência de manifestações a(r)tivistas de base performativa (com diversos graus de mobilização da transformação social), mas também de processos de apagamento ou silenciamento institucional das mesmas. É essa dialéctica que procurarei analisar neste testemunho, cuja base assenta essencialmente da observação “empírica” que decorre da minha vivência quotidiana e da minha experiência como “espectadora”.

Written in the first person, this article is part of my personal testimony, of my experience as a citizen and social researcher, with regard to the social environment faced from 2008 to the present in Portugal, especially Lisbon, but also in the cities of Porto, Guimarães and Évora. It involves a context of social, economic and political crisis that has been (re-)inventing and restoring some of the characteristics of the revolutionary mindscape of 25 April 1974. The latter is presented as a "script" ready to use, though also to reinvent and challenge. This environment was created (Harvey 2008), experienced and felt by citizens in their relationship with public space – which includes streets, cultural spaces and the social networks on the internet. Today, it is imbued by an intense performativity, which is punctuated by the emergence of performativity-based activist/”artivist” manifestations (with varying degrees of social change), as well as processes that institutionally erase or silence these very manifestations. It is this dialectic that I intend to examine in my testimony, which is essentially based on “empirical” observation that stems from my daily life and my experience as a "spectator".
Translated title of the contribution“What I want is a revolution!”: the performativity of a slogan
Original languagePortuguese
Pages (from-to)29-52
Number of pages24
JournalCadernos de Arte e Antropologia
Publication statusPublished - 2015

Keywords

  • artivismo
  • performance
  • performatividade
  • novos movimentos sociais
  • guião revolucionário
  • artivism
  • performativity
  • new social movements
  • revolutionary script

Fingerprint

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