Abstract
As produções escultóricas são sem dúvida a vertente mais conhecida do trabalho de Carlos Nogueira. No espaço do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico, o espectador pode conhecer um conjunto de trabalhos do autor circunscritos à fotografia.
Deste corpo fazem parte uma selecção de fotografias produzidas em diferentes momentos do percurso artístico do seu autor e uma coleção de postais ilustrados intervencionados, aproximando-se ambos da essência visual de muitas das instalações escultóricas do artista, assente numa simplicidade e depuração que elegeu como características visuais e conceptuais marcantes do seu trabalho.
Com o sentido de regularidade que define a atmosfera das suas instalações e exposições, sucede-se num espaço branco, ao longo de linhas formadas por prateleiras, um primeiro conjunto de imagens realizadas no decorrer de muitas viagens, registos de paisagens naturais e espaços arquitetónicos – ruínas, construções embargadas, apontamentos da relação efémera da natureza com o espaço edificado.
Distantes de uma natureza essencialmente de registo ou documentação, os instantâneos apresentados evidenciam, no tratamento dos motivos e das situações registadas, os usos expressivos e estéticos em que, a par da naturalidade, Carlos Nogueira institui o seu olhar. Mesmo aquelas imagens que poderiam ter um uso mais documental, como as realizadas no âmbito das montagens e desmontagens das suas intervenções escultóricas, exploram apontamentos formais e abstratos, mediante formulações espaciais e dinâmicas visuais que se reinventam.
Outro núcleo de trabalhos foi realizado a partir de postais ilustrados – dos quais se extraíram nuvens, água, paisagem, campos agrícolas – transformados em matéria de apropriação num exercício de colagem, recomposição e intervenção artística. Partindo desses objetos, sempre nas imediações do kitsch, cuja aquisição fazia parte, enquanto registo ou evocação de memórias e experiências pessoais, do ritual do viajante, Carlos Nogueira procede à justaposição dos seus fragmentos e, sublinhando a simultaneidade e o processo multiplicador da repetição, confere-lhes um sentido plástico e abstrato. Os padrões transmutam-se segundo composições subtis, numa sugestão de movimento e expansão que resgata as imagens selecionadas para a atmosfera poética que caracteriza a sua obra.
Deste corpo fazem parte uma selecção de fotografias produzidas em diferentes momentos do percurso artístico do seu autor e uma coleção de postais ilustrados intervencionados, aproximando-se ambos da essência visual de muitas das instalações escultóricas do artista, assente numa simplicidade e depuração que elegeu como características visuais e conceptuais marcantes do seu trabalho.
Com o sentido de regularidade que define a atmosfera das suas instalações e exposições, sucede-se num espaço branco, ao longo de linhas formadas por prateleiras, um primeiro conjunto de imagens realizadas no decorrer de muitas viagens, registos de paisagens naturais e espaços arquitetónicos – ruínas, construções embargadas, apontamentos da relação efémera da natureza com o espaço edificado.
Distantes de uma natureza essencialmente de registo ou documentação, os instantâneos apresentados evidenciam, no tratamento dos motivos e das situações registadas, os usos expressivos e estéticos em que, a par da naturalidade, Carlos Nogueira institui o seu olhar. Mesmo aquelas imagens que poderiam ter um uso mais documental, como as realizadas no âmbito das montagens e desmontagens das suas intervenções escultóricas, exploram apontamentos formais e abstratos, mediante formulações espaciais e dinâmicas visuais que se reinventam.
Outro núcleo de trabalhos foi realizado a partir de postais ilustrados – dos quais se extraíram nuvens, água, paisagem, campos agrícolas – transformados em matéria de apropriação num exercício de colagem, recomposição e intervenção artística. Partindo desses objetos, sempre nas imediações do kitsch, cuja aquisição fazia parte, enquanto registo ou evocação de memórias e experiências pessoais, do ritual do viajante, Carlos Nogueira procede à justaposição dos seus fragmentos e, sublinhando a simultaneidade e o processo multiplicador da repetição, confere-lhes um sentido plástico e abstrato. Os padrões transmutam-se segundo composições subtis, numa sugestão de movimento e expansão que resgata as imagens selecionadas para a atmosfera poética que caracteriza a sua obra.
Translated title of the contribution | The critical power of abstraction around illustrated postcards and unfolded motifs |
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Original language | Multiple languages |
Title of host publication | Carlos Nogueira |
Subtitle of host publication | Fotografias de trabalho. E outros desenhos |
Editors | Carlos Nogueira |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Câmara Municipal de Lisboa - Arquivo Municipal |
Pages | 164-169 |
Number of pages | 5 |
ISBN (Print) | 978-989-54109-4-1 |
Publication status | Published - 1 Jul 2018 |
Keywords
- Carlos Nogueira
- Arte Contemporânea