Abstract
Eduardo Lourenço encontra em Pessoa um conflito insolúvel entre realidades ontológicas opostas, nenhuma sendo capaz de prevalecer sobre a outra: a realidade e a ficção, a autenticidade e o fingimento, a totalidade e o fragmento, o conhecimento e a ignorância ou o amor e a sua ausência.
Este conflito remete não apenas a uma dimensão trágica da obra pessoana como, segundo Lourenço, a outra profundamente romântica, nelas se revelando, a par do lamento pela falência do que é almejado, um desejo ilimitado de plenitude da experiência humana.
Percorrendo diversos textos do ensaísta, com especial foco em ensaios que abordam um determinado tópico da obra (o amor, a ficção, o teatro, a viagem, o mar ou o tempo), o presente artigo visa delinear e problematizar a imagem recorrente na ensaística de Lourenço de um Pessoa trágico e romântico
Este conflito remete não apenas a uma dimensão trágica da obra pessoana como, segundo Lourenço, a outra profundamente romântica, nelas se revelando, a par do lamento pela falência do que é almejado, um desejo ilimitado de plenitude da experiência humana.
Percorrendo diversos textos do ensaísta, com especial foco em ensaios que abordam um determinado tópico da obra (o amor, a ficção, o teatro, a viagem, o mar ou o tempo), o presente artigo visa delinear e problematizar a imagem recorrente na ensaística de Lourenço de um Pessoa trágico e romântico
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 82-97 |
Number of pages | 17 |
Journal | Revista Estranhar Pessoa |
Volume | 11 |
Publication status | Published - Nov 2024 |
Keywords
- Eduardo Lourenço
- Fernando Pessoa
- Ontologia
- Trágico
- Romântico