Abstract
No século XVI, a Europa começou a conhecer um Japão, longínquo e exótico, através da epistolografia jesuíta, sobretudo da autoria de Luís Fróis, que levou para este território a cultura de uma nova Europa, a Europa do Renascimento e da Reforma Católica, possibilitando um intercâmbio cultural de dimensões extraordinárias.
Foi através dos olhos dos jesuítas que a Europa se rendeu às potencialidades de um território que nascia agora para a modernidade e que acolheu afavelmente o estrangeiro, portador de uma outra cultura e de um outro pensamento, esbatendo-se fronteiras sobretudo mentais.
As diversas realidades nipónicas foram destacadas por Fróis numa grandiosa edição da correspondência enviada para a Europa durante a segunda metade do século XVI, intitulada Cartas de Évora.
O olhar de Fróis sobre o Outro civilizacional é o olhar de um europeu, de um religioso, mas sobretudo de um homem que vê, descreve e interpreta, sempre condicionado, um Outro homem.
Foi através dos olhos dos jesuítas que a Europa se rendeu às potencialidades de um território que nascia agora para a modernidade e que acolheu afavelmente o estrangeiro, portador de uma outra cultura e de um outro pensamento, esbatendo-se fronteiras sobretudo mentais.
As diversas realidades nipónicas foram destacadas por Fróis numa grandiosa edição da correspondência enviada para a Europa durante a segunda metade do século XVI, intitulada Cartas de Évora.
O olhar de Fróis sobre o Outro civilizacional é o olhar de um europeu, de um religioso, mas sobretudo de um homem que vê, descreve e interpreta, sempre condicionado, um Outro homem.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 279-299 |
Number of pages | 21 |
Journal | Revista de História das Ideias |
Volume | 35 |
Publication status | Published - 2017 |
Keywords
- Japão
- Mentalidades
- Jesuítas
- Fronteiras
- Cultura