Abstract
Reconhecida pelo louvor às miudezas, a obra de Manoel de Barros desconstrói a rigidez do amadurecimento humano ao centralizar-se na magnitude de pequenos fenômenos em que a vulnerabilidade e a fragilidade se constroem como centrais ao posicionamento do homem frente ao mundo que o circunda. A crítica ao antropocentrismo, neste caso, baseia-se ainda em uma poética da fragilidade enquanto qualidade inerente e engrandecedora. Esta análise literária concentra-se, a partir da obra Memórias Inventadas, no rompimento do poeta com a
rigidez dos processos de criação e crescimento, bem como na visão enaltecedora da fragilidade dos - e nos - seres. Objetiva-se, portanto, uma reflexão acerca das representações do frágil e da fragilidade no fazer poético. O volume, dedicado às suas “três infâncias”, rompe também com a construção social e temporal da força da figura adulta ao atentar para a imaginação e a vulnerabilidade como sustentáculos da experiência humana.
rigidez dos processos de criação e crescimento, bem como na visão enaltecedora da fragilidade dos - e nos - seres. Objetiva-se, portanto, uma reflexão acerca das representações do frágil e da fragilidade no fazer poético. O volume, dedicado às suas “três infâncias”, rompe também com a construção social e temporal da força da figura adulta ao atentar para a imaginação e a vulnerabilidade como sustentáculos da experiência humana.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 1-9 |
Number of pages | 10 |
Journal | Revista Dobra - Literatura Artes Design |
Volume | 8 |
Publication status | Published - 2021 |
Keywords
- Poética da fragilidade
- Análise literária
- Manoel de Barros
- Memórias Inventadas.