Abstract
Manuel António Pina chamava-lhe isto porque não sabia o nome d’isto. Já eu venho escolhendo a precária, transitória e possivelmente redundante designação de “ritmo vital”. Escolher este nome não resulta de uma tentativa de definição, é antes uma decisão operatória que permite avançar e descolar a atenção do isto, para o gesto de contacto com esse isto – ritmo vital –, e a sua relação com a experiência estética e com a criação artística. Neste ensaio, dialogo com Gilles Deleuze e Félix Guattari (teoria sobre o ritmo), Mikel Dufrenne (experiência estética da natureza), Giorgio Agamben (gesto), e com o cinema de Raymonde Carasco e de Chantal Akerman, para pensar o ritmo vital e a sua relação com a arte. A tese central deste ensaio é a de que todo contacto com o ritmo vital é um gesto de travessia.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 1-24 |
Number of pages | 24 |
Journal | Revista Dobra - Literatura Artes Design |
Volume | 2 |
Publication status | Published - 2018 |
Keywords
- :Ritmo
- Ritmanálise
- Travessia
- Gesto
- Experiência Estética da Natureza