Abstract
A iluminura românica foi, tal como a ourivesaria, uma das “artes maiores” da Idade Média1. Luís Afonso em “Em demanda da pintura portuguesa” refere que um dos pontos fracos da historiografia de arte portuguesa tem sido a falta de destaque dada à iluminura, considerada como uma arte menor e como tal desvalorizada: “Outro dos equívocos dos estudos dedicados à pintura portuguesa primitiva diz respeito à desconsideração generalizada da arte da iluminura, quase sempre enquadrada e analisada ao nível das «artes menores».” Para o Homem Medieval a importância dada às artes móveis e nomeadamente aos manuscritos iluminados justifica-se pelo lugar que estes ocupavam na cultura e religiosidade medievais. Na cultura monástica, dominante no Ocidente medieval até ao séc. XII, as bibliotecas possuíam um número considerável de manuscritos que eram iluminados. A Iluminura dignificava a palavra divina que tinha por função clarificar o texto, marcar as suas divisões, destacar textos mais importantes ou através de um discurso iconográfico acompanhar o texto com ciclos narrativos.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | De Cister a Portugal:o tempo e o(s) modo(s) |
Subtitle of host publication | Livro do XI Encontro Cultural de S. Cristóvão de Lafões |
Editors | Luís Carlos Amaral, Maria Alegria Marques |
Place of Publication | São Cristóvão de Lafões |
Publisher | Associação dos amigos do Mosteiro de São Cristóvão de Lafões |
Pages | 129-147 |
Number of pages | 18 |
ISBN (Print) | 978-989-97817-5-7 |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Iluminura
- Idade Média
- Iluminura Românica
- Cultura Monástica