O canto que virou património: da beleza do morto aos futuros possíveis

Research output: Contribution to conferenceAbstractpeer-review

Abstract

A “cultura popular”, invocada como uma fórmula mágica cujo efeito seria suficiente para garantir a existência de uma realidade (Revel 1989), surge-nos numa versão autorizada e atualizada de “Património Cultural Imaterial” (KirshenblattGimblett 1995, Choay 2001, Bortolotto 2011). Nesta comunicação pretendo interrogar a patrimonialização do canto alentejano como reprodução das modalidades de holismo aplicadas a coletivos que ocupam hoje o lugar do “povo”, dos românticos e folcloristas do passado (Leal 2013). Atendendo a que o saber autorizado permanece ligado a um poder que o autoriza, e a processos científicos que o legitimam. Estes processos não são inocentes, quando dependem de organizações políticas conduzidas por agências internacionais que fazem com que o problema da salvaguarda, seja, acima de tudo, um
problema de dominação.
Original languagePortuguese
Pages10-10
Number of pages1
Publication statusPublished - 2018
EventMemória, Cultura e Devir: Estudos Aprofundados em Ciências Sociais - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Universidade Nova de Lisboa, Lisboa , Portugal
Duration: 10 May 201812 May 2018
http://ihc.fcsh.unl.pt/events/memoria-cultura-devir-2/

Conference

ConferenceMemória, Cultura e Devir
Country/TerritoryPortugal
CityLisboa
Period10/05/1812/05/18
Internet address

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