TY - JOUR
T1 - Nos interstícios do subcampo
T2 - autoedição e empreendedorismo em músicos “folk” em Portugal no século XXI
AU - Nunes, Pedro
N1 - info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F00472%2F2020/PT#
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDP%2F00472%2F2020/PT#
UIDB/00472/2020
UIDP/00472/2020
PY - 2023
Y1 - 2023
N2 - Este artigo aborda as práticas e valores de um conjunto de músicos em autoedição, dentro do universo peculiar da música popular de matriz rural em Portugal, no contexto das duas últimas décadas em que a produção de música sofre o impacto dos fenómenos de digitalização e desintermediação. Tomando como âncoras teóricas as teses de Bourdieu e de Becker sobre campos de produção cultural e mundos artísticos, respectivamente, bem como estudos recentes em torno das culturas musicais DIY (do-it-yourself), caracterizadas pela adesão a um conjunto de práticas e valores autónomos em relação aos circuitos dominantes de produção de música, e recorrendo a entrevistas semi-dirigidas a uma amostra de músicos, procuramos compreender o significado e o sentido das suas práticas em relação à edição e à sua articulação com outras actividades que desenvolvem para a disseminação da sua produção musical. Concluímos que a adesão a modos DIY de produção e distribuição de música nestes músicos, embora seja evidente em muitos casos, não é total ou incondicional, seja pelas ligações mais institucionais dentro de um subcampo de produção de música popular, seja pelas vantagens que muitos ainda encontram em estabelecer parcerias com editoras e distribuidoras.
AB - Este artigo aborda as práticas e valores de um conjunto de músicos em autoedição, dentro do universo peculiar da música popular de matriz rural em Portugal, no contexto das duas últimas décadas em que a produção de música sofre o impacto dos fenómenos de digitalização e desintermediação. Tomando como âncoras teóricas as teses de Bourdieu e de Becker sobre campos de produção cultural e mundos artísticos, respectivamente, bem como estudos recentes em torno das culturas musicais DIY (do-it-yourself), caracterizadas pela adesão a um conjunto de práticas e valores autónomos em relação aos circuitos dominantes de produção de música, e recorrendo a entrevistas semi-dirigidas a uma amostra de músicos, procuramos compreender o significado e o sentido das suas práticas em relação à edição e à sua articulação com outras actividades que desenvolvem para a disseminação da sua produção musical. Concluímos que a adesão a modos DIY de produção e distribuição de música nestes músicos, embora seja evidente em muitos casos, não é total ou incondicional, seja pelas ligações mais institucionais dentro de um subcampo de produção de música popular, seja pelas vantagens que muitos ainda encontram em estabelecer parcerias com editoras e distribuidoras.
KW - Subcampo de produção musical
KW - Música popular de matriz rural
KW - Autoedição
KW - Empreendedorismo
KW - DIY
UR - https://www.scopus.com/record/display.uri?eid=2-s2.0-85180337178&doi=10.7458%2fSPP202310329213&origin=inward&txGid=aeaae6650ef41134a4caaa7aae969393
U2 - https://doi.org/10.7458/SPP202310329213
DO - https://doi.org/10.7458/SPP202310329213
M3 - Article
SN - 0873-6529
SP - 83
EP - 103
JO - Sociologia, Problemas e Práticas
JF - Sociologia, Problemas e Práticas
IS - 103
ER -