Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Dicionário de Filosofia Moral e Política (2018), 2.ª série |
Editors | António Marques, André Santos Campos |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | IFILNOVA |
Pages | 1-10 |
Number of pages | 10 |
DOIs | |
Publication status | Published - 17 Oct 2022 |
Abstract
O Naturalismo Moral tem uma longa história filosófica. Esta corrente ganha notoriedade no debate iniciado pelos sofistas antigos sobre se a moralidade é convencional ou natural. Convencional significa que é inteiramente construída por pessoas – é o que fizermos dela – e natural significa que é um produto da natureza – um produto que nos obriga a determinadas condutas. Aqueles que defendem a segunda hipótese pertencem à tradição da lei natural e como tal podem ser vistos como naturalistas morais. Aristóteles é por norma considerado o pai desta tradição. Ele defendeu a existência de uma justiça natural e inúmeros filósofos seguiram-no até hoje. Segundo esta tradição, viver uma vida virtuosa significa viver de acordo com a natureza das coisas ou da natureza humana. E a moralidade – a noção de certo e errado – pode ser encontrada no mundo natural através do uso da razão.