TY - CHAP
T1 - Na mesa do Ġarb al-Andalus (séculos X–XIII)
AU - Rei, António José da Silva Botas
N1 - FCT/POCH:SFRH/BPD/100519/2014
UIDB/00749/2020
UIDP/00749/2020
DL 57/2016/CP1453/CT0072
PY - 2021
Y1 - 2021
N2 - A alimentação, para o período islâmico e para o Ġarb al-Andalus, é uma das áreas temáticas sobre a qual temos vindo a trabalhar ao longo deste último triénio, desde o início de 2015 (FCT / POCH – SFRH / BPD / 100519 / 2014), e que iremos abordar de forma sucinta neste artigo. A base de trabalho tem sido o conjunto vegetal que conseguimos identificar, e que se situa cronologicamente entre os séculos X e XIII, e que nos tem sido legado pela arqueo-botâ-nica em Portugal, depois confrontados com as fontes hispano-árabes de botânica e agronomia. Os resultados da nossa investigação têm-nos confirmado que a realidade gastronómica no Ġarb al-Andalus terá mantido, até muito tarde, uma matriz que entendemos ser, gene-ricamente, hispano-romana, e praticamente inalterada. Há mesmos casos de aclimatação e integração de alguns vegetais na gastronomia do ocidente peninsular, como os espinafres, que terá ocorrido muito tardiamente, ou no fim do período islâmico, se não já durante o período português, pós-Reconquista. E as alterações culturais e de valores passam, sempre, pelo que se come. Ou não. Assim, a mesa do Ġarb al-Andalus foi, quanto a nós, essencialmente uma mesa moçá-rabe, ou, talvez mais exatamente, de moçárabes.
AB - A alimentação, para o período islâmico e para o Ġarb al-Andalus, é uma das áreas temáticas sobre a qual temos vindo a trabalhar ao longo deste último triénio, desde o início de 2015 (FCT / POCH – SFRH / BPD / 100519 / 2014), e que iremos abordar de forma sucinta neste artigo. A base de trabalho tem sido o conjunto vegetal que conseguimos identificar, e que se situa cronologicamente entre os séculos X e XIII, e que nos tem sido legado pela arqueo-botâ-nica em Portugal, depois confrontados com as fontes hispano-árabes de botânica e agronomia. Os resultados da nossa investigação têm-nos confirmado que a realidade gastronómica no Ġarb al-Andalus terá mantido, até muito tarde, uma matriz que entendemos ser, gene-ricamente, hispano-romana, e praticamente inalterada. Há mesmos casos de aclimatação e integração de alguns vegetais na gastronomia do ocidente peninsular, como os espinafres, que terá ocorrido muito tardiamente, ou no fim do período islâmico, se não já durante o período português, pós-Reconquista. E as alterações culturais e de valores passam, sempre, pelo que se come. Ou não. Assim, a mesa do Ġarb al-Andalus foi, quanto a nós, essencialmente uma mesa moçá-rabe, ou, talvez mais exatamente, de moçárabes.
KW - Andalusian cook sources
KW - Garb al-Andalus
KW - Food
KW - Vegetables
KW - Alimentação
KW - Ġarb al-Andalus
KW - Fontes hispano árabes
KW - Botânica
KW - Agronomia
KW - Vegetais
KW - Moçárabe
U2 - 10.14195/978-989-26-2060-2
DO - 10.14195/978-989-26-2060-2
M3 - Chapter
SN - 978-989-26-2062-6
VL - 2
T3 - Classica Digitalia: Diaita: Scripta & Realia - Estudos Monográficos
SP - 371
EP - 393
BT - Mesa dos Sentidos & Sentidos da Mesa
A2 - Soares, Carmen
A2 - Torres Silveira, Anny J.
A2 - Laurioux, Bruno
PB - Imprensa da Universidade de Coimbra
CY - Coimbra
ER -