Abstract
Nas últimas décadas, têm-se multiplicado os discursos académicos acerca da íntima ligação do cinema “primitivo” às questões da espectralidade. Porém, muitas destas análises tendem a abstrair a produção cinematográfica de um conjunto heterogéneo de práticas e dispositivos que a envolvem, e que já participam de um fascínio propriamente moderno pelo sobrenatural. Murray Leeder, com The Modern Supernatural and the Beginnings of Cinema (2017), procura resgatar esta herança da invisibilidade a que tem sido votada. Entre factos culturais tão distintos como o “fantasma de Pepper”, os espectáculos de hipnotismo ou a descoberta dos raios-x, há múltiplos elos históricos e filosóficos que importa esclarecer, de modo a obter uma imagem mais rigorosa (sem cedências ao essencialismo) da fantasmagoria deste primeiro cinema.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 275-280 |
Number of pages | 6 |
Journal | Revista de Comunicação e Linguagens |
Issue number | 53 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2020 |
Keywords
- Cinema primitivo
- Espectralidade