Abstract
Os Magnificat contam-se entre as obras sacras mais importantes e conhecidas de Morales. O conjunto principal, associado de forma imprecisa ao período ‘romano’ do compositor (c.1534-45), surge em fontes impressas a partir de 1542 e sobrevive ainda em cerca de cinquenta fontes manuscritas preservadas na Europa, incluindo Portugal, e nas Américas. Apesar de o facto não ser geralmente conhecido, estes não são os únicos Magnificat compostos por Morales: outros, datados do período anterior à estadia em Roma, podem também encontrar-se em fontes ibéricas. Dois importantes códices portugueses de finais do século XVI e inícios do século XVII, o MM 40 da Biblioteca Pública Municipal do Porto e o Códice de Arouca, preservam cópias de uma parte dos Magnificat impressos. Estas fontes contêm igualmente alguns Magnificat anónimos integrados com os de Morales, semelhantes no estilo e no conteúdo temático tanto aos da série ‘romana’ como a outros transmitidos apenas em manuscrito. Através da análise com o suporte de exemplos musicais, o presente estudo explora a possibilidade de ser Morales o compositor destes Magnificat anónimos.
Original language | English |
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Pages (from-to) | 193-216 |
Journal | Revista Portuguesa de Musicologia |
Volume | 2 |
Issue number | 2 |
Publication status | Published - 2015 |