Moi et l’Autre: l’archipel des Açores aux yeux d’un étranger

Research output: Chapter in Book/Report/Conference proceedingChapterpeer-review

Abstract

É na visão que os outros têm de nós que revemos e aprofundamos a nossa essência identitária. O discurso de um estrangeiro sobre uma nação que não é a sua revela inevitavelmente aspetos, quer positivos quer disfóricos, desconhecidos ou ignorados pelos nacionais. A literatura de viagens é, por isso, uma fonte importante de estudo a este nível, já que transmite as representações de terras alheias, permitindo simultaneamente que o sujeito da viagem desvele os seus próprios traços identitários, quer individuais, quer enquanto membro de uma nação, como acontece na obra Le Périple des Îles Atlantides: Madère, Açores, Canaries (1966), de A. t’Serstevens, autor francês de origem belga. Como o próprio título indica, a obra conta uma viagem pelos três arquipélagos do Oceano Atlântico nos anos 60 do século XX, deixando simultaneamente transparecer traços da cultura francófona do próprio autor.
Procuramos analisar a imagem identitária que A. t’Serstevens constrói dos arquipélagos da Madeira e dos Açores e, por extensão, de Portugal. Não menos relevante é a exploração do tipo de olhar que este estrangeiro tem sobre Portugal, ora de pendor descritivo mais objetivo, ora resvalando para o sonho e para o mítico.
Original languagePortuguese
Title of host publicationPensée de l’Archipel et Lieux de Passage
EditorsDominique Faria
Place of PublicationParis
PublisherÉditions Petra
Pages195-203
ISBN (Print)9782847431476
Publication statusPublished - 2016

Publication series

NameDes îles

Cite this