Luis Sepúlveda em Portugal: traduções e proximidades

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Abstract

O escritor chileno Luis Sepúlveda constitui um fenómeno de popularidade em Portugal. Tal é visível no número de livros publicados, na quantidade elevada de edições, na inclusão de vários títulos no Plano Nacional de Leitura e na projecção mediática desde os anos 1990 até à sua morte, em Abril de 2020. A noticia da sua doença, no fim de Fevereiro de 2020, e da sua morte, dois meses depois, foi primeira página de vários jornais portugueses, não apenas pela presença do escritor no Festival Literário “Correntes d' Escrita”, na Póvoa de Varzim, uns dias antes de saber que tinha sido contagiado com COVID-19, mas principalmente pela sua fama nas últimas décadas no país. O próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou o seu pesar pelo seu desaparecimento numa nota à imprensa. Neste artigo, damos uma panorâmica sobre o impacto da doença e morte de Sepúlveda nos media em Portugal, fazemos um levantamento das suas obras traduzidas e do número de edições ao longo dos anos, abordamos várias adaptações teatrais, analisamos críticas literárias, procuramos compreender o que representava Portugal para Sepúlveda e reflectimos sobre os testemunhos do seu editor (Manuel Alberto Valente), de três dos seus tradutores (Helena Pitta, Henrique Tavares e Castro e António Sabler) e de vários representantes de vários grupos de teatro (Micaela Barbosa, Jorge Castro Guedes e Renzo Sicco). Conhecendo o polissistema português e a sua dinâmica nas últimas décadas, veremos a importância do governo de Salvador Allende e do golpe de Estado liderado por Pinochet no Chile para a recepção de Sepúlveda em Portugal.

The Chilean writer Luis Sepúlveda is a phenomenon of popularity in Portugal.
That is visible in the number of books published, in the high number of editions, in the inclusion of several titles in the National Reading Plan and in the media projection from the 1990s until his death in April 2020. The news of his illness, in the end of February 2020, and his death, two months later, was the front page of several Portuguese newspapers, not only because of the writer’s presence at the Literary Festival “Correntes d’Escrita”, in Póvoa de Varzim, a few days before he knew that he had been infected with COVID-19, but mainly because of his fame in the last decades in the country. The President of the Republic, Marcelo Rebelo de Sousa, expressed his regret at his disappearance in a press release. In this article, we give an overview of the impact of Sepúlveda’s illness and death in the media in Portugal, survey his translated works and the number of editions over the years, address various theatrical adaptations, analyze literary critics, try to understand what Portugal meant for Sepúlveda and reflected on the testimonies of its editor (Manuel Alberto Valente), three of its translators (Helena Pitta, Henrique Tavares e Castro and António Sabler) and several theater groups (by Micaela Barbosa, Jorge Castro Guedes and Renzo Sicco). Knowing the Portuguese polysystem and its dynamics in the last decades, we will see the importance of the government of Salvador Allende and the coup led by Pinochet in Chile for the reception of Sepúlveda in Portugal.
Original languagePortuguese
Title of host publicationRetos e incertidumbres
Subtitle of host publicationsobre la traducción de literatura en lenguas ibéricas
EditorsMarta Kacprzak, Gerardo Beltrán-Cejudo
Place of PublicationBerlin
PublisherPeter Lang
Pages107-137
Number of pages30
Volume54
ISBN (Electronic)9783631863985
ISBN (Print)9783631855010
Publication statusPublished - 2022

Publication series

NameEtudes de linguistique, littérature et arts / Studi di Lingua, Letteratura e Arte
Volume54

Keywords

  • Tradução
  • Luis Sepúlveda
  • Portugal
  • Recepção
  • Teoria dos polisistemas
  • Translation
  • Reception
  • Polissystem theory

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