Abstract
Aideia de felicidade, omnipresente nas sociedades ocidentais actuais, assume-se como princípio orientador e como objectivo de vida. Contudo, o facto de a felicidade ocupar pensamentos individuais não a torna uma experiência unicamente privada e singular. A sua idealização é socialmente moldada, interpretada e partilhada e traduz formas culturais de pensar, ser e agir. Partindo dos resultados de um inquérito sociológico por questionário a uma amostra da população da Área Metropolitana de Lisboa, aplicado na cidade de Lisboa, exploram-se os significados de felicidade na sua relação com as circunstâncias de vida em que são produzidos. Os resultados revelam que os significados sociais de felicidade e as orientações da acção são socialmente diferenciados e incorporam desigualdades sociais mais vastas. Assim, interpretar e procurar felicidade não são opções meramente individuais, destacadas da organização social. Ainda que associadas pelos inquiridos às capacidades individuais e qualidade das suas decisões, estão profundamente marcadas pelas circunstâncias, pelos percursos e pelo meio social de inserção.
Translated title of the contribution | Life is what we make of it: A sociological study on happiness meanings |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 13-34 |
Number of pages | 22 |
Journal | Sociologia On Line |
Issue number | 18 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2018 |