José Joaquim dos Santos (1747-1801) e a música policoral na Capela Patriarcal de Lisboa na segunda metade do séc. XVIII

Research output: Contribution to conferenceAbstractpeer-review

Abstract

No conhecido processo de italianização das práticas musicais iniciado no reinado de D. João V a produção de música policoral na Capela Patriarcal de Lisboa ao longo do século XVIII pode ser vista como uma das mais singulares consequências da importação e adaptação do estilo "colossal romano" à realidade da vida musical portuguesa. Caracterizada por obras sacras para mais de quatro vozesm divididas em doius ou mais coros, que sugerem efeitos antifonais dada a organização espacial dos cantores e instrumentos, eram escritas em «stile antico» para vozes sem acompanhamento ou com baixo contínuo, como em estilo moderno e «concertato», por vezes com inclusão da orquestra. A manutenção e ensino de práticas composicionais e interpretativas de obras policorais eram parta da formação dos jovens músicos no mundo luso-brasileito, como demonstram vários exemplos distintos nas gerações de copositores anteriores ao terramoto assim como, ainda que com certo anacronismo, desenvolvimentos que se estendem até aos inícios do século XIX, num hibridismo de estilos mais severos com a linguagem operática e galante. Este trabalho tratará com mais especificidade da obra a dois ou mais coros do Compositor Mestre de Música do Seminário da Patriarcal, José Joaquim dos Santos (1747-1801), com especial atenção para o estudo de caso de seu «Dixit Dominus» a 12 vozes e contínuo e da «Missa» para a mesma formação, como exemplos paradigmáticos da continuidade deste género em Portugal.

Conference

ConferenceColóquio “Novas grandezas que já pareciam impossíveis à imaginação”
Country/TerritoryPortugal
CityLisboa
Period25/11/1626/11/16
Internet address

Cite this