Abstract
Ao longo de seis anos (2007 a 2013), a Rádio e Televisão de Portugal emitiu no seu canal principal e em horário nobre a série documental A Guerra, uma obra quase enciclopédica sobre os 13 anos das guerras coloniais portuguesas, da autoria de Joaquim Furtado. Originalmente concebida para uma duração de seis episódios, a vastidão dos materiais recolhidos fez com que a dimensão da série fosse sucessivamente alarga- do para um total de 42 episódios de cerca de uma hora cada. Apesar do número impressionante de mais de um milhão de espectadores na sua primeira temporada, - um número que ultrapassa em muito a tiragem de qualquer livro escrito sobre a mesma matéria -, a série até agora não tem sido objecto de análises aprofundadas por parte da academia. Com base na análise de uma selecção de sequências dos quatro primei- ros episódios da série, o presente artigo foca duas questões principais: De que maneira contribuem as formas audiovisuais para moldar a memória histórica. Em que medida pode o contributo do filme docu- mentário ser tão válido como o do texto escrito ou seja o instrumento tradicional da historiografia?
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 33-60 |
Number of pages | 28 |
Journal | Práticas da História |
Volume | 1 |
Issue number | 1 |
Publication status | Published - 2015 |
Keywords
- Documentário histórico
- A Guerra
- Joaquim Furtado
- Guerra Colonial
- Império Português