Abstract
Na literatura medieval de carácter simbólico, o horto apresenta-se como uma representação figurada de um espaço com determinadas características que remete, em última instância, para um universo moral. A carga moralizada do horto, ou vergel – designação que é mais consonante com a representação do jardim na literatura cortês –, é uma constante nos textos poéticos medievais, e a vertente moral é quase obrigatória neste período, uma vez que a perceção estética em si mesma de um objeto não era reconhecida então. O horto surge com uma finalidade determinada e ocupa uma função específica dentro do sistema hermenêutico medieval. Neste artigo, procura-se demonstrar a funcionalidade simbólica do horto em textos poéticos medievais tão dispersos do ponto de vista genológico quanto o Horto do esposo e o Livro de Exopo.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Uma história de jardins. A arte dos jardins na tratadística e na literatura |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Caleidoscópio |
Pages | 65-82 |
Number of pages | 6 |
ISBN (Print) | 9789725655177 |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Horto
- Vergel
- Exempla
- Fábulas
- Imago mundi