Abstract
A notícia da abertura da Rota do Cabo para a Índia pela frota de Vasco da Gama (1469–1524), chegada a Calicut em 1498, chamou, de imediato, o interesse das casas comerciais de Augsburgo e de Nuremberga. Atraídas pelas especiarias e outras riquezas orientais, foram, em primeiro lugar, as grandes companhias de Augsburgo que se envolveram decisivamente no comércio ultramarino de Portugal, enviando os seus representantes para Lisboa. Entre estas empresas destacaram-se a companhia dos Welser-Vöhlin que, em 1503, fundou a primeira feitoria alemã em solo português, bem como as casas dos Fugger, Höchstetter, Gossembrot, Herwart e Rehlinger. Detinham, na Europa, um papel dominante como fornecedores de prata e de cobre, dois metais imprescindíveis para efectuar as trocas mercantis no Espaço Índico. Deste modo, estas e outras firmas da Alta Alemanha tornaram-se, nas primeiras duas décadas do século XVI, os parceiros comerciais mais relevantes da Coroa portuguesa. Inicialmente, as empresas alemãs adquiriam, através das feitorias de Lisboa e Antuérpia, sobretudo, pimenta indiana e outras especiarias asiáticas, bem como açúcar atlântico. Por volta de 1520 cresceu também o interesse de algumas firmas no comércio com pedras preciosas.
Pelas fontes existentes ganha-se uma ideia da maneira como mercadores e companhias do Sul da Alemanha conseguiam quebrar fronteiras para se estabelecer no comércio ultramarino português, fundando filiais em Lisboa e na Madeira e enviando os seus agentes comerciais para a Índia. Os documentos revelam, que era preciso ultrapassar, para além das fronteiras geográficas, outras barreiras (linguísticas, mentais, políticas e mercantis) para poder garantir os negócios com a Coroa portuguesa. Estudos mais recentes documentam também, que os Welser de Augsburgo desempenharam, ainda depois do primeiro quartel do século XVI, um papel fundamental enquanto distribuidores de especiarias ultramarinas na Europa.
Palavras-chave: Relações luso-alemãs, era dos Descobrimentos, companhias comerciais de Augsburgo, comércio ultramarino, feitorias.
Pelas fontes existentes ganha-se uma ideia da maneira como mercadores e companhias do Sul da Alemanha conseguiam quebrar fronteiras para se estabelecer no comércio ultramarino português, fundando filiais em Lisboa e na Madeira e enviando os seus agentes comerciais para a Índia. Os documentos revelam, que era preciso ultrapassar, para além das fronteiras geográficas, outras barreiras (linguísticas, mentais, políticas e mercantis) para poder garantir os negócios com a Coroa portuguesa. Estudos mais recentes documentam também, que os Welser de Augsburgo desempenharam, ainda depois do primeiro quartel do século XVI, um papel fundamental enquanto distribuidores de especiarias ultramarinas na Europa.
Palavras-chave: Relações luso-alemãs, era dos Descobrimentos, companhias comerciais de Augsburgo, comércio ultramarino, feitorias.
Original language | German |
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Title of host publication | Beiträge zur Geschichte der deutsch-portugiesischen Beziehungen |
Subtitle of host publication | Transkontinentale Kontakte und kultureller Austausch (15.-19. Jahrhundert) |
Editors | Yvonne Hendrich, Thomas Horst, Jürgen Pohle |
Place of Publication | Berlin |
Publisher | Peter Lang |
Pages | 101-120 |
Number of pages | 20 |
Volume | 18 |
ISBN (Electronic) | 978-3-631-85472-3 |
ISBN (Print) | 978-3-631-84865-4 |
Publication status | Published - Dec 2021 |
Event | 13.º Congresso Internacional da Associação Alemã de Lusitanistas (13. Deutscher Lusitanistentag) - University of Augsburg, Augsburg, Germany Duration: 11 Sep 2019 → 14 Sep 2019 |
Publication series
Name | Passagem |
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Publisher | Marília dos Santos Lopes & P eter Hanenberg (eds.) |
Volume | 18 |
ISSN (Print) | 1861-583X |
Conference
Conference | 13.º Congresso Internacional da Associação Alemã de Lusitanistas (13. Deutscher Lusitanistentag) |
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Country/Territory | Germany |
City | Augsburg |
Period | 11/09/19 → 14/09/19 |
Keywords
- Deutsch-portugiesische Beziehungen
- Entdeckungszeitalter
- Augsburger Handelsgesellschaften
- Überseehandel
- Faktoreien