TY - JOUR
T1 - Filosofia: uma escolha de vida?
T2 - Hadot, Foucault e a ‘filosofia como modo de vida’ como prática de dissidência e experimentação
AU - Faustino, Marta
N1 - info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F00183%2F2020/PT#
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UIDB/00183/2020
UIDP/00183/2020
DL 57/2016/CP1453/CT0042
PY - 2022
Y1 - 2022
N2 - Nas últimas décadas do século passado Pierre Hadot e Michel Foucault revolucionaram a história da filosofia ao, nos seus Exercices spirituels et philosophie antique e L’herméneutique du sujet, respectivamente, colocarem um imperativo ético nas origens do pensamento filosófico ocidental e firmarem que, nessa altura, a filosofia era essencialmente uma “escolha de vida” ou “modo de vida”, no caso do primeiro, e um “cuidado de si”, na expressão do último. Uma vez que ambos os autores contrastam a orientação e função originais da filosofia com a sua forma contemporânea, as suas análises têm, para além da sua clara relevância históricofilosófica, um forte potencial de crítica contra a prática académica e institucionalizada da filosofia actual. Tomando a ideia da filosofia como modo de vida como forma de dissidência contra a filosofia universitária contemporânea, e como forma de experimentação com uma compreensão e prática alternativas da filosofia, este ensaio delineia as principais características do modelo da filosofia como modo de vida no seu contraste com a prática académica conteporânea e defende a relevância do modelo para uma eventual restruturação da filosofia profissionalizada perante a actual crise nas humanidades e desafios sociais, culturais e ambientais inéditos.
AB - Nas últimas décadas do século passado Pierre Hadot e Michel Foucault revolucionaram a história da filosofia ao, nos seus Exercices spirituels et philosophie antique e L’herméneutique du sujet, respectivamente, colocarem um imperativo ético nas origens do pensamento filosófico ocidental e firmarem que, nessa altura, a filosofia era essencialmente uma “escolha de vida” ou “modo de vida”, no caso do primeiro, e um “cuidado de si”, na expressão do último. Uma vez que ambos os autores contrastam a orientação e função originais da filosofia com a sua forma contemporânea, as suas análises têm, para além da sua clara relevância históricofilosófica, um forte potencial de crítica contra a prática académica e institucionalizada da filosofia actual. Tomando a ideia da filosofia como modo de vida como forma de dissidência contra a filosofia universitária contemporânea, e como forma de experimentação com uma compreensão e prática alternativas da filosofia, este ensaio delineia as principais características do modelo da filosofia como modo de vida no seu contraste com a prática académica conteporânea e defende a relevância do modelo para uma eventual restruturação da filosofia profissionalizada perante a actual crise nas humanidades e desafios sociais, culturais e ambientais inéditos.
KW - Hadot
KW - Foucault
KW - Filosofia como modo de vida
U2 - http://dx.doi.org/10.18542/apoena.v4i7.12846
DO - http://dx.doi.org/10.18542/apoena.v4i7.12846
M3 - Article
SN - 2596-1632
VL - 4
SP - 91
EP - 109
JO - Revista Apoena
JF - Revista Apoena
IS - 7
ER -